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Policial

Operação da PF desarticula quadrilha e cumpre mandado em Campo Grande

Segundo a PF, eles se utilizavam de “laranjas” e falsificavam documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do Brasil.

Correio do Estado

26 de Abril de 2017 - 09:45

Operação desencadeada hoje pela Polícia Federal, também em Mato Grosso do Sul, desarticula quadrilha especializada em lavagem de dinheiro internacional, blindagem patrimonial e evasão de divisas com ramificações em ao menos cinco países. Um mandado de condução coercitiva já foi cumprido em Campo Grande.

Ao todo serão cumpridos 55 mandados de busca e apreensão, 46 de condução coercitiva e dois de prisão temporária no Distrito Federal, Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Goiás, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins, além do Estado.

As investigações da PF começaram em agosto de 2016 a partir de prisão na imigração do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília/DF e apontam que os integrantes da organização faziam operações de câmbio não autorizadas, além de dissimularem a aquisição de imóveis de alto valor e promover a evasão de divisas.

Segundo a PF, eles se utilizavam de “laranjas” e falsificavam documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do Brasil.

O denominado núcleo duro do grupo, formado por proprietários de postos de gasolina, agências de turismo, lotéricas, entre outros estabelecimentos, era responsável pela aquisição fraudulenta de imóveis e ativos para fins de lavagem de dinheiro. Somente em uma das operações de compra e venda identificadas pela PF o negócio chegou a R$ 65 milhões.

A organização criminosa contava ainda com o apoio de advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e até de um servidor da PF.

Em ação realizada ainda no ano de 2016, em endereços ligados a um dos integrantes do núcleo duro, foram encontrados documentos que apontam para uma empresa do tipo offshore controlada pela organização no exterior que pode ter realizado movimentações que excedem US$ 5 bilhões.

PERFÍDIA

O nome da operação faz referência à traição e deslealdade dos integrantes do núcleo duro da organização criminosa com o País.