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Economia

Dólar volátil pode fazer reajuste da gasolina deixar de ser mensal, diz Parente

Presidente da Petrobras diz que empresa estuda mudar frequência da política de reajustes, mas que novo prazo não está definido.

G1

13 de Junho de 2017 - 14:48

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou nesta terça-feira (13) que a política de reajuste dos combustíveis adotada pela empresa, que prevê que as correções sejam feitas uma vez por mês, não consegue acompanhar a volatilidade do dólar e do preço do petróleo e, por isso, pode ser alterada.

Parente apontou que os reajustes mensais não são uma questão "bem resolvida" dentro da Petrobras. De acordo com ele, porém, ainda não há definição sobre mudança na frequencia dos reajustes.

"A volatilidade do preço do petróleo e do câmbio, isso varia todo dia. E a gente está fazendo [os reajustes no preço dos combustíveis] uma vez por mês. Essa diferença é que estamos pensando como pode aproximar mais isso", afirmou o presidente da Petrobras após encontro com o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, em Brasília.

A Petrobras já havia informado no início de junho, em documento ao mercado, que estuda aumentar a frequência dos reajustes. A alteração traria uma resposta mais imediata da empresa em casos de aumento do dólar, que impacta diretamente no preço dos combustíveis.

O dólar tem registrado maior volatilidade principalmente depois da revelação das delações de executivos da J&F, controladora do frigorífico JBS, e que gerou grave crise política por atingir diretamente o presidente Michel Temer.

Parente afirmou que não há nenhuma decisão sobre qual seria a nova frequência e que a questão está sendo discutida pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP), criado pela Petrobras na gestão de Parente.

A política de preços com reajuste mensal foi implementada pela Petrobras em outubro de 2016. No mais recente reajuste, a Petrobras decidiu reduzir o preço médio da gasolina nas refinarias em 5,4% e, o do diesel, em 3,5%.

A criação de uma política de reajuste foi bem recebida no mercado. O governo da ex-presidente Dilma Rousseff era criticado por segurar o aumento do preço dos combustíveis, o que gerou prejuízos à estatal.