Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sábado, 20 de Abril de 2024

Sidrolandia

Com aterro fechado, entulhos se acumulam nos bairros e até em frente do posto de saúde

Pela legislação do resíduo sólido, a obrigação da Prefeitura é coletar o lixo domiciliar, cabendo ao morador à responsabilidade de dar destinação aos demais resíduos.

Flávio Paes/Região News

27 de Junho de 2017 - 09:39

Transcorridos sete meses do fechamento do lixão para o recebimento de entulhos e material inservível, em várias regiões da cidade uma cena comum são as autênticas “montanhas” destes resíduos em frente das casas e até de uma Unidade Básica de Saúde, a das Malvinas.

Pela legislação nacional de destinação dos resíduos sólidos, a obrigação da Prefeitura é coletar o lixo domiciliar, cabendo ao morador à responsabilidade de dar destinação aos demais resíduos que produzir, contratando uma caçamba.

O problema é que como ainda não há local licenciado onde este material possa ser depositado, as empresas do setor suspenderam a prestação do serviço. Uma usina para processamento deste material está se instalando às margens da MS-162, na mesma área onde está projetado o futuro aterro sanitário.

A Prefeitura contratou duas empresas: a G-20, do ex-secretário Gilmar Rodrigues que ganhou a licitação para atuar na região do Bairro São Bento, ficando responsável pelo recolhimento do entulho de construção e o lixo colocado dentro de sacos plásticos (begs). A outra empresa, pertencente a Renato Guardiano, ganhou duas licitações: na parte alta da cidade, faz o mesmo serviço realizado pela A-20 no São Bento e em todo o perímetro urbano, na remoção de galhos.

Só estão sendo retirados os galhos e o lixo que estiver acondicionado em sacos plásticos. Sofás, geladeiras ou qualquer objeto de grande porte, não são levados para destinação final.

Foto: Reginaldo Mello/Região News

Com aterro fechado, entulhos se acumulam nos bairros e até em frente do posto de saúde

O impasse tem gerado descontentamento dos moradores com a empresa que atua na região do Bairro São Bento, do ex-secretário Municipal de Esporte, Gilmar Rodrigues. A moradora Telma Antunes, que é funcionária da Secretaria de Infraestrutura, reclamou do problema diretamente ao secretário Nilo Servo, que relatou esta limitação.

O volume de material é tão grande, que a equipe da terceirizada não tem dado conta da demanda e com isto eventualmente equipes da própria Prefeitura estão reforçando a coleta. “Num dia a equipe leva galhos, no outro, o material que estiver embalado nos sacos”, explica Gilmar.

Enquanto a situação não se resolve, as reclamações se multiplicaram. Dona Marli Maciel, 65 anos, reclama do lixo acumulado há um mês em frente da sua casa (Rua Frederico Soares), no Jardim Paraíso. A mesma reclamação é manifestada por alguns dos seus vizinhos. É o caso de Jaison Dionizio (morador na Rua Azualdo Lopes Barbosa) e Williane, que convive com o mau cheiro desde que um cachorro morto foi jogado na frente da casa dela.

Foto: Reginaldo Mello/Região News

 Com aterro fechado, entulhos se acumulam nos bairros e até em frente do posto de saúde

*Matéria atualizada para acréscimo de informações.