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Policial

Polícia vai chamar mãe e equipe para investigar caso de bebê ferido em hospital

A queimadura teria sido provocada por uma compressa quente, feita de maneira incorreta por enfermeira da unidade.

Campo Grande News

29 de Junho de 2017 - 10:52

A Polícia Civil irá ouvir nos próximos dias a mãe e a equipe que atendeu o bebê de 4 meses, que sofreu queimaduras de 2º grau durante um atendimento, na tarde de terça-feira (28), no Hospital Infantil São Lucas, em Campo Grande.

A informação é do titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto, que confirmou que a queixa, registrada como lesão corporal culposa – quando não há intenção – está na delegacia e agora será distribuída para ele ou outro delegado. “O inquérito está na fase inicial e ainda não sabemos os dias em que os envolvidos irão depor”, explica.

Queimadura - A queimadura teria sido provocada por uma compressa quente, feita de maneira incorreta por enfermeira da unidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, a mãe da criança, de 24 anos, contou que procurou o hospital por volta das 13h de ontem, porque o filho estava vomitando e com outros sintomas.
Um médico receitou um remédio via oral, contudo, como a mãe não conseguiu fazer com que o bebê ingerisse o medicamento ela voltou à unidade de saúde horas depois.

A solução então foi aplicar o medicamento por meio de injeção. A mãe então foi atendida por uma enfermeira chamada Carmen. Contudo, a profissional não conseguiu encontrar a veia da criança e chamou outra enfermeira, chamada Milena.

Após três tentativas frustradas, as enfermeiras teriam desistido do procedimento, quando a enfermeira Milena, segundo a mãe, pegou uma luva com água morna e colocou no pé da criança, que começou a chorar.

Vendo o desespero do filho, a mãe disse que pediu que o procedimento fosse interrompido e ao olhar o pé da criança, percebeu que havia queimaduras. A mãe disse que a enfermeira apenas pediu desculpas e chamou a médica Thaís Martins Severino, que orientou as enfermeiras a aplicarem o remédio de outra forma.

Diante do ocorrido, a mãe disse que pediu que o incidente fosse inserido no prontuário da criança e exigiu uma cópia do documento. Mas, segundo a mulher, o hospital negou a cópia e apenas permitiu que ela fotografasse o papel.