Pindorama vai ser cabeça de rede sem perder o conteúdo local

Emissora pioneira em Sidrolândia, até dezembro em nova fase como FM, a Rádio Pindorama continuará sendo cabeça da Rede Jota FM, que reúne emissoras do Grupo Feitosa de Comunicação, em programas jornalísticos em rede estadual. Entretanto manterá uma forte programação com conteúdo local, principalmente voltado a informação de interesse da população de Sidrolândia.

“Sem ignorar as novas tendências do gênero, o chamado sertanejo universitário, nossa programação musical continuará abrindo espaço para a chamada música sertaneja de raiz”, afirma Nelson Feitosa. Ele se lançou na empreitada de instalar uma emissora em 1985, projeto que se concretizou três anos depois, quando a emissora entrou no ar.

Ao longo destas três décadas de sucesso, passaram pela emissora profissionais como o diretor do Região News, Marcos Tomé, ao longo de 8 anos; o vereador Waldemar Acosta; além de ter revelado radialistas como Cazuza, hoje vereador na Capital  Miltinho Viana (que também foi vereador em Campo Grande); André Navarro, Mauro Silva e Irineu Dallagnol, são exemplo de funcionários com longa carreira na casa. 

O apresentador do SBT, Celso Portiolli, chegou a fazer testes para ingressar no cast da emissora, mas não foi contratado porque na época a grade da programação estava fechada. “Isto pelo visto não atrapalhou em nada sua carreira, afinal hoje, é uma celebridade da televisão brasileira”, avalia Nelson com bom-humor.

Feitosa, que calcula em R$ 400 mil o investimento para concluir a mudança da Pindorama do AM para o FM,  abraçou com entusiasmo a iniciativa do Ministério das Comunicações, ainda no Governo Dilma Roussef, que autorizou a migração. Tanto assim, que a primeira rádio do Estado a executar o projeto, foi exatamente uma das suas emissoras, a Rádio Cidade de Aparecida do Taboado. Ao longo deste tempo comprou a prazo os equipamentos para escapar dos juros bancários de uma emissora bancária.

- O rádio continua forte, que pode ser ouvido em qualquer circunstância. Ninguém, por exemplo, assiste tv ou navega na internet, tomando banho, dirigindo.  Ao surgimento de uma nova mídia, muita gente se apressou em decretar o fim do veículo. Mais uma vez teve de se reinventar para se adaptar aos novos tempos, da internet, das mídias sociais. Sem a migração do AM para o FM, não teria como sobreviver.