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Policial

Suspeito de matar Kauan é beneficiado em processo de pornografia

Homem que estava preso por pornografia infantil não está mais em cela da Derf

Correio do Estado

25 de Julho de 2017 - 16:27

Juiz de plantão Roberto Ferreira Filho, da 7ª Vara Criminal de Competência Especial de Campo Grande, concedeu liberdade provisória sem fiança ao homem de 38 anos em processo que apura crime de pornografia. Ele é suspeito de matar Kauan Andrade Soares dos Santos, de 9 anos. Na manhã de hoje, ele deixou a Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf), onde estava preso, porém, como ainda há investigação em curso a respeito do sumiço do garoto, não foi informado se ele foi transferido para outra unidade prisional.

De acordo com o despacho, homem foi preso em flagrante por ter em sua casa registros pornográficos envolvendo crianças.

Conforme o juiz, delito em questão tem pena máxima de quatro anos, suspeito não tem registro de outras condenações, não resta dúvidas sobre a identidade civil do homem e ele não teve prisão preventiva decretada por outra situação.

Por todos estes pontos, magistrado concedeu a liberdade provisória, mediante obrigação de o homem comparecer a todos os atos do processo sempre que chamado, não se ausentar da comarca por mais de oito dias, não mudar de endereço sem prévia comunicação à Justiça e não se envolver em novos crimes, sob pena de imposição de medidas cautelares.  

PRISÃO

Homem estava preso preventivaente desde sexta-feira. Ele foi apontado por um adolescente de 14 anos como assassino de Kauan, desaparecido desde o dia 25 de junho.

Ontem, delegado Paulo Sérgio Lauretto, da Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca), informou que suspeito responde também por exploração de menor de 18 anos e não responde pelo crime de homicídio da criança, ja que até o momento o corpo não foi encontrado. 

Sobre as causas da morte de Kauan, Lauretto explica que não é possível determinar, porque é necessário o corpo para fazer exame necroscópico, mas que aparentemente menino morreu por asfixia ao reagir a estupro.

O adolescente assumiu que há cerca de um mês levou um menino para a casa do autor, à noite, na Coophavilla. No local, o homem teria iniciado o estupro, mas enfrentou resistência por parte da vítima que reagiu, se debatendo e chorando alto, até porque estava sangrando. Neste momento, o adolescente ajudou no delito segurando o garoto pelos braços, enquanto o homem tapava a boca dele com a mão.

A polícia acredita que ao tentar calar o menino, o homem acabou matando-o por asfixia.