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Política

Cinco dias após encontro, PGR diz que reunião de Dodge e Temer foi institucional

Reunião fora de agenda entre o presidente e a nova procuradora-geral da República foi na terça-feira (8). Órgão detalhou motivo de reunião ter sido solicitada para tratar da posse de Dodge.

G1

13 de Agosto de 2017 - 18:01

Após cinco dias do encontro no palácio do Jaburu, fora da agenda oficial, entre o presidente Michel Temer e a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a Procuradoria Geral da República (PGR) emitiu nota neste domingo (13) para afirmar que os fatos que motivaram a reunião são "institucionais".

Na noite de terça-feira (8), Temer recebeu em sua residência oficial, à noite, a nova procuradora-geral da República. Em entrevista ao blog da Andréia Sadi no dia seguinte, Dodge afirmou que os dois trataram de sua posse e que tentavam achar uma data que não coincidisse com viagem de Temer aos Estados Unidos.

Neste domingo, a Procuradoria apresentou nota com os mesmos argumentos.

“Os fatos que motivaram a reunião são institucionais. O Presidente viajará aos Estados Unidos antes da data de abertura da Assembleia Geral da ONU, no dia 19 de setembro, tradicionalmente feita pelo Brasil”, diz a nota.

Raquel Dodge foi indicada por Temer para comandar o Ministério Público Federal. Ela substituirá no cargo Rodrigo Janot, cujo mandato à frente da PGR se encerra no próximo dia 17 de setembro.

Janot ofereceu denúncia contra Temer pelo crime de corrupção passiva. A denúncia foi rejeitada pela Câmara dos Deputados.

Na nota, a PGR também explicou que o gabinete de Dodge formalizou, no dia anterior ao encontro, o pedido de audiência com Temer. “A audiência foi confirmada entre as secretarias e sempre constou da agenda de Raquel Dodge”, informou.

Segundo o órgão, a reunião foi confirmada pela Presidência, mas, no decorrer do dia, houve atraso no horário da reunião. No último contato, de acordo com a nota, a procuradora foi informada sobre a transferência da agenda do Palácio do Planalto para o Palácio do Jaburu.

“Na audiência, a procuradora-geral da República nomeada Raquel Dodge fez ver ao Presidente as razões legais para manter a posse antes de sua viagem, como tratado no dia da nomeação. Também fez ver ao Presidente ser próprio e constitucionalmente adequado que a posse fosse dada na sede da Procuradoria Geral da República”, afirmou.

A Procuradoria Geral da República não informou se outros assuntos foram tratados no encontro. De acordo com o blog da Andréia Sadi, na reunião, Temer relatou a Dodge os motivos que o levaram a pedir, no Supremo Tribunal Federal (STF), a suspeição de Rodrigo Janot.