Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Sexta, 29 de Março de 2024

Sidrolandia

Prefeitura amarga queda de R$ 6 milhões na receita e equipe econômica prepara cortes de R$ 900 mil por mês

Para reequilibrar as contas será preciso reduzir em R$ 900 mil a folha de pessoal e em R$ 500 mil despesas com fornecedores, mostra relatório.

Flávio Paes/Região News

19 de Setembro de 2017 - 09:22

A queda de 18% na receita dos últimos três meses em relação ao mesmo período do ano passado ligou o sinal de alerta na equipe econômica da Prefeitura de Sidrolândia, que vai adotar medidas duras voltadas ao corte das despesas – na folha de pagamento e no custeio – com uma meta ousada: garantir uma economia mensal de R$ 900 mil.

Enquanto no trimestre junho/julho/agosto de 2016, o ex-prefeito Ari Basso trabalhou com uma receita mensal de R$ 11.5 milhões, neste ano caiu para R$ 9 milhões, somando no acumulado do período à perda superior aos R$ 6 milhões.

A projeção para o último trimestre de 2017 é de que as estimativas de receitas previstas no orçamento não vão se confirmar. Primeiro, porque a retração da economia não ajuda a incrementar os repasses e principalmente, ao contrário de 2016, quando a Prefeitura contou com um recurso extra de R$ 4,3 milhões para fechar as contas do ano.

Agora, o município não receberá mais o dinheiro da repatriação (mais de R$ 1,8 milhão, exatos R$ 1.843.000,00), muito menos o da venda da folha de pagamento (que rendeu R$ 2,5 milhões), que garantiu ao HSBC, hoje Bradesco, mais cinco anos de contrato.

É esperado apenas o adicional de 1% do FPM (que em 2016 foi de R$ 1,2 milhão), que todos os anos é repassado aos municípios. Estas receitas extras permitiram que a gestão passada quitasse o décimo terceiro salário e deixasse provisionado recursos para o salário de dezembro que foi pago na primeira semana de janeiro, já pelo atual governo de Marcelo Ascoli. 

Os técnicos estão convencidos de que sem estes remédios amargos, será praticamente impossível não só manter a folha em dia, como também pagar o 13º. O relatório que foi submetido ao prefeito mostra que para reequilibrar as contas públicas com a disponibilidade financeira, será preciso reduzir em R$ 400 mil por mês a folha de pessoal e diminuir em R$ 500 mil as despesas com fornecedores. A maior contribuição no corte de gastos com pessoal virá da educação.

“Estamos analisando cada detalhe dos balancetes financeiros para que possamos tomar a melhor decisão. Minha vontade era manter e ampliar os serviços à população, mas o momento em que o País atravesse não nos deixa alternativas”, revelou o prefeito a um assessor.