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Economia

Dólar fecha em alta com maior cautela sobre reforma da Previdência

Moeda norte-americana avançou 0,63%, a R$ 3,2805 na venda; na semana, dólar acumulou queda de 0,8%.

G1

10 de Novembro de 2017 - 15:53

O dólar fechou em alta ante o real nesta sexta-feira (10), em sintonia com o exterior e com os investidores cautelosos com as negociações políticas do governo do presidente Michel Temer para tentar votar a reforma da Previdência após os conflitos internos no PSDB, legenda que faz parte da base de apoio, destaca a Reuters.

O dólar avançou 0,63%, a R$ 3,2805 na venda. Veja a cotação.

Na semana, porém, o dólar acumulou queda de 0,8%, a primeira após três altas semanais seguidas que acumularam valorização de 5%.

"Esse racha do PSDB prejudica a situação (para a votação da reforma da Previdência)", afirmou à Reuters o analista-chefe da corretora Rico, Roberto Indech.

Na véspera, o presidente licenciado do PSDB, senador Aécio Neves (MG), retirou o também senador Tasso Jereissati (CE) do comando interino da legenda. O movimento se deu num momento de racha interno do PSDB, onde uma parcela dos tucanos, entre eles Tasso, defende o desembarque do partido do governo federal, enquanto uma outra, que tem Aécio entre seus expoentes, defende a permanência.

Nos últimos dias, o governo concentrou esforços para conseguir tirar do papel ainda este ano a reforma da Previdência e já se conformou com um texto mais enxuto. Depois de Temer sinalizar no começo da semana que poderia desistir da reforma, a força-tarefa do governo que se seguiu voltou a trazer o benefício da dúvida aos mercados financeiros, mas sempre com bastante cautela.

Em meio a esse ambiente doméstico, no exterior cresceram as preocupações com a reforma tributária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na véspera, os republicanos do Senado apresentaram um plano tributário diferente da versão dos deputados em vários tópicos importantes, incluindo a maneira como tratam a taxa corporativa, a dedução para Estados e as taxas locais, além das estatais.

O dólar registrava leve oscilação ante uma cesta de moedas, mas subia frente a divisas de países emergentes como os pesos chileno e mexicano.