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Policial

Suspeito de matar mulher a tiros é preso com moto furtada e nega crime

Um celular roubado também foi encontrado com o suspeito, que estava a 11 meses foragido da Casa do Albergado de Campo Grande, onde cumpria pena por furto.

Campo Grande News

13 de Novembro de 2017 - 16:52

O principal suspeito de matar a tiros Shirley Martins Pereira, de 29 anos, foi preso em flagrante por receptação na tarde desta segunda-feira (13) no Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande. Denúncia anônimas levaram a polícia até Odemir Severo Pinto, de 24 anos, que na delegacia negou o crime: “Até os cachorros lá do bairro sabem quem matou ela”.

No início da tarde, policiais do Gecam (Grupamento Especializado com o Apoio de Motocicletas) receberam informações de que Odemir, principal suspeito do feminicídio, estava com um motocicleta preta, placa HSW-6011, em uma residência do bairro.

No local, os policiais localizaram o suspeito em frente ao imóvel, mas assim que percebeu a presença a equipe, Odemir fugiu para dentro da casa, foi perseguido e capturado. Em um primeiro momento, o preso se apresentou com um nome falso, de um amigo, mas acabou confessando a mentira.

A motocicleta apreendida com Odemir tinha registro de furto e também foi reconhecida como a mesma usada em dois roubos realizados no dia 10 de novembro, na Avenida Bom Pastor. Um celular roubado também foi encontrado com o suspeito, que estava a 11 meses foragido da Casa do Albergado de Campo Grande, onde cumpria pena por furto.

Conforme a equipe do Gecam, ao checarem o nome de Odemir, foi constatado ainda que ele era suspeito pelo assassinato de Shirley, executada com seis tiros no dia 2 de novembro, também do Santo Eugênio. Para o Campo Grande News, o preso confessou a receptação e a evasão, mas negou o feminicídio.

“Acredito em Deus, não matei ela. Abracei mesmo a receptação, consciente, mas não matei ela”, afirmou. Odemir explicou que a muitos anos manteve um relacionamento com a vítima. Nesta época ele acabou preso por lesão corporal contra Shirley, que chegou a recebeu medida protetiva contra ele.

Na versão do rapaz, o tempo passou e a cerca de dois meses, quando deixou ‘o regime fechado’, Shirley voltou a procurar por ele. “Ela saiu do Itamaracá para ir atrás de mim no Santo Eugênio. Não escondi que conversava com ela”, explicou o rapaz sobre a suposta briga entre ele e a vítima horas antes do crime.

Ainda assim, Odemir nega o crime. “Ela gostava de mim. Ela morreu porque devia algo a alguém. Até os cachorros do meu bairro sabem que matou ela. O autor tá na ponta do nariz deles”, alegou, se referindo a polícia. Para ele, o crime aconteceu por dívida de drogas. O suspeito chegou a relatar que quando soube que era suspeito do crime, pensou em se entregar e provar que era inocente, mas acabou preso antes disso.

A morte de Shirley é investigada pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), onde Odemir deve ser levado para prestar depoimento. Ele ainda foi autuado em flagrante por receptação e preso pelo mandado de prisão por evasão do sistema prisional, esses casos foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga.