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Política

Com ida de Marun para Ministério, Fábio Trad vai assumir vaga na Câmara Federal

Agora filiado ao PSD, Fábio Trad, planeja disputar uma vaga na Câmara Federal nas eleições de 2018.

Redação/Região News

10 de Dezembro de 2017 - 20:34

A indicação de Carlos Marun para o cargo ministro da Secretaria de Governo da Presidência da República, abre espaço para o 1º suplente, Fábio Trad, assumir sua vaga na Câmara Federal. Trad obteve 67.508 votos (821 em Sidrolândia), a 6ª maior votação, mas acabou não se reelegendo em função do quociente eleitoral.

Foi mais votado que três deputados eleitos: Luiz Henrique Mandetta (57.374 votos); Márcio Monteiro (56.441 votos), que renunciou após ser nomeado conselheiro do Tribunal de Contas e Dagoberto Nogueira (54.813 votos).

Teria sido decisivo para que não conseguisse se reeleger o empenho do então governador André Puccinelli que teria minado suas bases eleitorais em favor da eleição do próprio Carlos Marun (o segundo mais votado, com 91.816 votos) e de Tereza Cristina, eleita pelo PSB, com 75.149 votos, que teve o apoio de lideranças do agronegócio, como o ex-prefeito Ari Basso, embora ele seja filiado ao PSDB.

Ex-presidente da OAB, tentou integrar a lista sêxtupla encaminhado ao Tribunal de Justiça, para escolha do desembargador do chamado quinto constitucional, vaga reservada (de forma alternada) a um advogado ou um membro do Ministério Público. Acabou de fora e atribuiu sua exclusão ao interesse do governador Reinaldo Azambuja de indicar para o cargo Alexandre Bastos, que acabou nomeado desembargador.

Durante a campanha eleitoral para Prefeitura, atacou duramente a gestão do governador e a candidata do PSDB, a vice-governador Rose Modesto, derrotada nas urnas por Marquinhos Trad, irmão de Fábio, eleito prefeito da Capital. Como deputado federal viabilizou R$ 650 mil em emendas parlamentares para Sidrolândia, recurso aplicado na compra de equipamentos para a Secretaria de Saúde e Hospital Elmiria Silvério Barbosa.

Reeleição

Agora filiado ao PSD, Fábio Trad, planeja disputar uma vaga na Câmara Federal nas eleições de 2018. "Tenho 30 dias para assumir", disse Trad. Ele fez as contas e concluiu que terá pouco tempo de trabalho na Câmara Federal, por ser 2018 um ano atípico. "Serão apenas três meses consecutivos de legislatura", calculou.

Ele observa que, além das datas sazonais, como o Carnaval, 2018 será marcado também por campanha eleitoral e Copa do Mundo. Isso pesa na decisão de Fábio Trad, segundo disse, de disputar a reeleição para deputado federal.

"Depois de 2014, retomei a advocacia e estou com uma boa clientela", afirmou Trad, indicando que o momento profissional colocaria em segundo plano eventual projeto de retorno à vida pública.

No entanto, com Marun ministro, o quadro é outro. "Não estou decidido, mas, em virtude dessa mudança, pode ser que eu me candidate à reeleição", considerou.

Prioridade – Na Câmara Federal, Fábio Trad quer se dedicar, sobretudo, a aprovações do novo Código Penal e do Código de Processo Penal. "São projetos fundamentais para o País", defendeu o pessedista, enfatizando que a segurança pública é uma das questões nacionais mais importantes.

Com mandato de um ano, sofrendo as interrupções das eleições e de Copa do Mundo, entre outros eventos, Trad teria pouco tempo para contribuir com os debates sofre as mudanças nos dois códigos, conforme alegou. Essa situação pode impulsioná-lo a colocar seu nome à disposição do PSD para a disputa de uma das vagas na Câmara Federal.

De volta ao Brasil, ainda na condição de deputado federal, Marun deve entregar, na terça-feira (dia 12) o relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), que investiga irregularidades da JBS. Esse será seu último compromisso como parlamentar. Depois tomará posse como ministro de Temer.