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Coluna Manoel Afonso, os batidores a política

Manoel Afonso

17 de Dezembro de 2012 - 10:56

 ‘ORA PRO NOBIS’   A fala de  Dilma no exterior passa a imagem de Brasil resolvido. Anunciou 800 novos aeroportos. Mas e as nossas rodovias? Só 12% asfaltadas (mal conservadas) contra 70% da China, 60% da Rússia e 40% da Índia. Pode?

‘O ENCURRALADO’ De um lado os juros altos e a previdência  falida; de outro a insegurança, o tráfico;  a saúde e educação na UTI e o  Congresso vergonhoso. É assim como vive o brasileiro, num país diferente do que é retratado lá fora.  

MANOBRA Dos 4% projetados o país só cresceu 1% em 2012. As novas denuncias  forçam Dilma a tentar separar o PT-Lula do Governo. Atacar a imprensa, os banqueiros e as elites dominantes é discurso velho, lembra pão embolorado.

CONFRONTO  O STF pode cassar ou é prerrogativa do Congresso? Como ficam os deputados condenados a reclusão superior a 4 anos? Perdem o mandato ou  seria cabível  só após votação secreta por maioria absoluta do Senado e Câmara?

IMPASSE Supondo que os  mensaleiros  condenados no STF  não sejam cassados no Congresso graças ao corporativismo facilitado pelo sistema de votação secreta.  Uma situação vexatória: eles poderão exercer seus mandatos na cadeia.

CONDESCENDÊNCIA É a marca do Congresso, especialista em arquivar e absolver. O último  condenado  foi  o inexpressivo  “Chico das Verduras”, PRP-RR, eleito com 5.903 votos. E tudo só porque forneceu sopa aos seus eleitores.

LAMENTÁVEL   A postura do presidente da Câmara sinaliza ‘ação entre amigos’ no ‘julgamento dos réus’ . Não há preocupação com a imagem da Casa, aliás, péssima referência/exemplo aos políticos iniciantes do Brasil. Tem dó, vai!

‘EM CASA’  Bernal cumpre a promessa e expulsa Lídio do PP por ‘ser infiel ao partido e mostrar-se frontalmente contrário à ideologia do partido.” Lídio  alegará ser vítima de  ‘grave discriminação pessoal’, como permite a Resolução 22.610 do TSE.

BERNAL Ainda no 1º semestre já sinalizou que não daria legenda para Lídio disputar a reeleição. Na tribuna da Câmara o vereador lamentou o fato, com Athayde e Alex do PT (baita ironia) hipotecando-lhe solidariedade e criticando Bernal.

ANALISANDO  decisões análogas dos tribunais e do TSE, diríamos que a perda do mandato dependerá da prova inequívoca da conduta de infidelidade de Lídio, que por sua vez terá que comprovar ser vítima de grave discriminação.

BALANÇO  A expulsão fortaleceria Bernal? Na política, ‘é preciso olhar além da curva da estrada’. A expulsão pode ser uma ‘Vitória de Pirro’; atrairia desconfiança e dúvidas de pretensos aliados. Como se diz: hoje foi ele, amanhã eu?

RECEITA Liderar passa pela arte de acolher,  conciliar e reconciliar, como  faziam os mineiros do PSD. Virar a página é ato de grandeza que encanta adversários inclusive. Já – armazenar mágoas - não é produtivo, muito menos aconselhável.

1-EXEMPLOS  Londres e Schimidt: não fizeram política com o fígado; sobreviveram a várias situações/governos; souberam lidar com episódios desde Cuiabá.  Ambos têm o receituário ideal do caminhar  político. Recomenda-se ouvi-los. 

2-EXEMPLOS No túnel do tempo muitos políticos desapareceram. Despreparados ou presunçosos, não fizeram a leitura certa da realidade e sucumbiram vítimas de seus próprios equívocos. Mas eles merecem ser lembrados como alerta.

BANCOS  Nunca ganharam tanto. Nunca demitiram tanto. Aliás, já percebeu como o quadro de sua agência está enxuto! A ordem agora  é acabar com as filas nos caixas e os pagamentos direcionados aos caixas eletrônicos exclusivamente.

O BANCÁRIO é classe em extinção. Sem garantia do emprego vive estressado. O curioso: não se repetem as mobilizações onde o PT e partidos  ‘de esquerda’ apoiavam a causa da categoria. No Congresso, os petistas tem ‘outras prioridades.’

CAPITAL O congelamento do IPTU é um presente de natal. A Câmara  apenas ousou  acolher a proposta vencedora das últimas eleições, como lembra Paulo Siufi. Quem votou contra não fez a análise correta desse entendimento sensato.

TUCANOS  Pela espontaneidade das declarações de Azambuja ao cronista  no último dia 10, o PSDB não participará da administração da capital. Não houve qualquer conversa com Bernal neste sentido e que não cobrará cargos.

AZAMBUJA lembra que seu apoio não foi barganha por cargos, apenas pelo desejo de mudanças. Reiterou a conversa que teve com Bernal após o 1º turno e reafirmou que o partido seguirá sua trajetória esperando as eleições de 2014.

CENÁRIO  Concretizada essa postura, o novo prefeito terá ainda maior liberdade para a escolha de secretariados e cargos importantes. Mas quem? Com a ala do PT de Delcídio e o PPS de Athayde?  Quais os critérios que ele adotará?

LEMBRANDO  Nelsinho herdou uma equipe entrosada de André e sabiamente não ousou alterar nos dois primeiros anos. Claro que havia compromissos políticos, mas a capacidade funcional do time era inegável: competentíssima. Não era?

EDYL   Só elogios pela sua volta à Câmara. É referência de conduta na política. Desarmado e leve transita bem em todos os segmentos da capital. Ele comprova: O estado de espírito conta muito para seu sucesso político. Se conta!  

 “Eu não tolero a corrupção, e meu governo também não.” (presidente Dilma)