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Coronel Cesar: Conselho se fosse bom não se dava, vendia-se

15 de Janeiro de 2013 - 14:55

Que pena que uma parcela significativa da nossa humanidade pense desta maneira. É claro que conselho é bom, não, é ótimo e deve ser dado com a maior das gratuidades, pelo menos na maioria das vezes. Se não fosse assim como é que os filhos seriam criados pelos pais; como é que os alunos seriam educados pelos mestres ou como é que os rebanhos das igrejas seriam orientados por seus pastores.

É claro que os conselhos são ótimos e nestes casos devem ser totalmente gratuitos. A riqueza de quem aconselha está na qualidade dos seus conselhos e nunca no valor que se cobra por eles. Feliz daquele que tem capacidade de dar bons conselhos, este já é um milionário por excelência.

Evidentemente os conselhos necessitam ser dados com critérios; precisam ser dados com princípios éticos, princípios morais e principalmente baseados em princípios e critérios cristãos. Se os conselhos forem dados com estes três princípios, fatalmente ele será um bom conselho e por mais gratuito que seja quem o estiver dando, certamente estará se enriquecendo.

Não existe recompensa maior para um pai, para um mestre ou para um pastor do que dizer; meu filho, meu aluno ou minha ovelha seguiu meus conselhos e tornou-se um grande homem. Vejam bem, eu disse um grande homem e não um homem rico. Temos que parar com esta mania de medir os homens pelo que eles têm e passar a medi-los mais pelo que eles são.

O homem que TEM muito É RICO; aquele que É muito É MILIONÁRIO.

Não se abre as portas do céu com o que se TEM, mas sim com o que se É. Talvez as pessoas devam estar se perguntando; que será que deu no CORONEL, PIROU???????? De modo algum, o CORONEL continua na sua mais perfeita sanidade mental. Acontece que mesmo nas mais sangrentas batalhas, sempre existem os períodos de tréguas onde se deve parar para se fazer reflexões, se analisarem posições e se fortalecer mais para continuar na luta.

Na verdade, o fato é que, por mais que os ânimos estejam acirrados, nós não estamos em nenhuma batalha, nem mesmo numa luta, simplesmente estamos numa disputa eleitoral em que cada lado está defendendo suas posições para ver quem consegue ganhar e que no final o maior ganhador seja o povo.

Como sexagenário que já sou, não tenham a minha atitude como um exibicionismo da minha parte, mas muito mais e em primeiro lugar, como um dever e um senso de responsabilidade que sinto, em dar uma pequena contribuição e como estamos num clima de disputa eleitoral, nada melhor do que um tema político para se tratar e o que eu escolhi foi:

CABRESTO ELEITORAL

Todos sabem e principalmente estão acompanhando a maneira com que tenho tratado do assunto à vezes um tanto quanto contundentes e outras vezes até agressivas em certos momentos, mas é que esta é uma prática abominável, que infelizmente existe e é praticada desde a época do império e os políticos, aqueles coronéis fajutos aos quais me referi em manifestações passadas, não desistem de quererem manter como prática ainda nos tempos modernos.

O CABRESTO ELEITORAL, nada mais é do que uma cobrança eterna de gratidão e obediência que certos CACIQUES fazem questão de manter eternamente sobre uma pessoa ou grupo de pessoas, normalmente por financiamentos de campanha e às vezes nem por isto, mas até por uma simples manifestação de apoio que se dá a um determinado candidato em uma determinada eleição.

No meu caso, por exemplo: na minha primeira eleição eu fui maciçamente ajudado por uma determinada pessoa, cuja ajuda resultou no fato de certamente eu ter sido o segundo mais votado naquela eleição. Sim, é verdade que graças àquela ajuda eu fui o segundo mais votado, mas também não é menos verdade que se aquela ajuda não tivesse existido, com certeza eu teria sido eleito, mesmo assim; não teria sido o segundo, mas teria sido eleito.

Pois bem, seguindo no meu exemplo, aquela ajuda que eu recebi, foi exaustivamente retribuída àquele que me ajudou e com maior importância ainda, pois ela foi retribuída de uma maneira gratuita, pois as minhas atitudes teriam sido exatamente as mesmas se aquela pessoa não tivesse me ajudado.

Aí esteve o problema; aquela minha dedicação, aquela minha lealdade, aquela minha euforia, aquelas minhas atitudes, ao invés de terem sido entendidas como qualidades da minha parte, foram erradamente interpretadas como uma fraqueza, uma submissão, uma subserviência que nunca fizeram parte do meu perfil ou do meu caráter.

Aí, o PIT BULL, que nasceu para o bem, revoltou-se e a CRIATURA virou-se contra o CRIADOR. Meus queridos leitores e leitoras, principalmente aqueles e aquelas que pretendem militar na política; o resto da história vocês já sabem, portanto para finalizar vai aqui o meu conselho que acho de muita valia se for seguido e é totalmente GRATUITO.

No momento que vocês resolverem entrar na política, aceitem toda e qualquer ajuda que quiserem dar a vocês, mas veja bem se estão dando essa ajuda de livre e espontânea vontade, sem segundas intenções e principalmente procure interpretar se estas ajudas não estão sendo dadas com o simples propósito de colocar em você um BELO E MAJESTOSO CABRESTO.

Se isto estiver claro você tem duas opções: Se você for uma pessoa covarde, que não tem coragem de se rebelar contra a situação que fatalmente vai ser criada depois que você for eleito, pule fora enquanto há tempo, pois senão você será um eterno frustrado e infeliz. Agora, se você é um caboclo de saco roxo, e perceber a manobra com antecedência, aproveite toda a ajuda que você puder e na hora que chegar a você pra lhe botarem o CABRESTO, faça como eu, PULE COM A TRAIA.

CORONEL CESAR