ECONOMIA
Aumento do diesel vai refletir no preço de diversos serviços e alimentos em MS
De imediato, o preço de produtos hortifrutigranjeiros nas gôndolas dos supermercados será o primeiro a subir
Midiamax
07 de Março de 2013 - 13:21
O aumento de 5% no valor do óleo diesel, determinado pela Petrobras com validade desde quarta-feira (6), vai encarecer o custo de diversos serviços em Mato Grosso do Sul. De imediato, o preço de produtos hortifrutigranjeiros nas gôndolas dos supermercados será o primeiro a subir.
O reajuste virá com o encarecimento do transporte dos alimentos - mais de 80% das frutas e verduras consumidas no Estado vêm de fora. "O repasse é automático. Quando o anúncio foi feito, ontem, conversei com os proprietários de supermercados, que já afirmaram que o repasse será feito", conta o presidente da Ceasa-MS (Central de Abastecimento), Jaime Balejo.
Segundo Balejo, os consumidores mais afetados serão os que morarm no interior do Estado. "Além do frete mais caro para que os produtos cheguem até Campo Grande, os supermercadistas do interior vêm para Capital buscar mercadorias, percorrem uma distância maior e, consequentemente gastam mais com combustível", explica.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Cargas de MS (SETCEMS), Cláudio Antônio Cavol, é mais otimista e estima que o repasse deve acontecer entre 30 e 60 dias. "Na planilha de custos da empresa, esse aumento no preço do combustível demora um tempo para chegar. Mas, com esse percentual determinado pelo governo, o transporte de alimentos, por exemplo, ficará, em média, 2% mais caro", estima. "O custo do frete varia de acordo com o tipo de produto a ser tranportado, mas, o reflexo maior é mesmo para os alimentos, por se tratar de carga perecíveis que exigem rapidez no tranporte", acrescenta.
Tarifa de transporte coletivo
Outro reflexo, a longo prazo, é no preço da tarifa de ônibus. O presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo (Assetur), João Rezende, explica que, conforme contratro com a prefeitura, as empresas estão autorizadas a reajustar as passagens apenas uma vez por ano. "A data-base é em junho, então, até lá, vamos segurar o preço. Mas, como o diesel está mais caro, o reajuste que estimamos inicialmente pode ser maior", justifica.
Segundo ele, o preço final da tarifa ainda não definido. De acordo com o levantamento realizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), de 24 de fevereiro a 2 de março o litro do diesel em Campo Grande oscila entre R$ 2,29 e R$ 2,49. Com o aumento determinado pela Petrobras, a variação será de R$ 2,40 a R$ 2.60.




