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Economia

Criação de empregos cresce 122% e agosto tem melhor mês em 9 anos

No Estado, Campo Grande foi o município com melhor desempenho, com 1.518 vagas. Três Lagoas ficou em segundo lugar (1.141), seguida por Coxim (31).

Campo Grande News

20 de Setembro de 2013 - 16:40

Mais de 2,6 mil empregos foram criados no mês de agosto em Mato Grosso do Sul, o melhor resultado em nove anos, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo deste mês é o segundo melhor na história do Caged, perdendo apenas para agosto de 2004 (2,9 mil).

Em relação ao mês de agosto do ano passado, quando foram criados 1.209, houve crescimento de 122%.  A construção civil liderou o ranking neste mês e contribuiu para o resultado positivo. O setor teve a geração de 1.656 novos pontos, o que representa 4,13%. Também se destacaram os setores de Serviços e Comércio, com 893 pontos e 704 pontos, respectivamente.

No Estado, Campo Grande foi o município com melhor desempenho, com 1.518 vagas. Três Lagoas ficou em segundo lugar (1.141), seguida por Coxim (31). Para o superintendente regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul, Anízio Pereira Tiago, a agroeconomia tem segurado não só a economia do país, mas principalmente a de Mato Grosso do Sul, já que somos grande potência no setor.

“Esse resultado (Caged) significa que o Estado está respondendo bem e não está estagnado. Temos a agroeconomia muito forte por causa das usinas de açúcar e álcool, além das indústrias de celulose e papel. Isso tudo também gera serviços e dessa forma conseguimos gerar demanda”, explicou.

Além disso, Anízio lembra que essas empresas são grandes empregadoras o que aquece o comércio. “Um bom exemplo é a empresa de fertilizantes da Petrobras, que ainda não está produzindo, mas as empresas ligadas a construção de sua sede, geram mais empregos e com mais dinheiro, o empregado consome e o comércio cresce”, ressalta.

Segundo ele, outro fator para o aumento da geração de empregos é o “boom” na construção civil que Campo Grande tem vivido.

Na lida - Nos canteiros de obra, os trabalhadores já percebem que o número de funcionários vem crescendo. “Eu percebi que aumentou o número de colegas trabalhando na construção civil”, disse o pintor Almir de Souza, 44 anos.

O pedreiro Natanael Silva, 43 anos, disse que está há 10 anos no setor, mas garante que apesar de ter aumentado o número de empregos, a oferta ainda é grande. “Só fica sem serviço quem não quiser trabalhar”. Engrossando o discurso, o pedreiro Sidnaldo Wilson Silva, 43 anos, garante que falta mão de obra.