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Economia

Fisco reteve mil declarações em Mato Gosso do Sul

Neste ano, faltando quatro dias para o final do prazo, mil contribuintes já caíram na malha fina e serão convocadas para regularizar problemas nas declarações, todas dos últimos cinco anos.

Flávio Paes/Região News

27 de Abril de 2013 - 09:30

A dedução de gastos com medicamentos e a troca de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) dos empregadores são as principais causas de retenção na malha fina dos contribuintes que declaram IR (Imposto de Renda) em Mato Grosso do Sul. Em 2012, 3 mil declarações foram revisadas pela Receita Federal em Campo Grande, que resultou na cobrança de R$ 22 milhões.

Neste ano, faltando quatro dias para o final do prazo, mil contribuintes já caíram na malha fina e serão convocadas para regularizar problemas nas declarações, todas dos últimos cinco anos.

De acordo com o supervisor da Receita Federal em Mato Grosso do Sul, Gilson Ishikawa, muitos contribuintes declaram gastos com medicamentos e não têm como comprovar essas despesas, ou então esquecem que elas podem ser deduzidas.

Sobre os gastos com saúde, Ishikawa explicou que uma saída é procurar comprovantes de pagamentos dos gastos, como cópias de cheques ou transferências.

“A despesa médica ainda é um dos principais casos em que acontecem os erros, mas também é uma grande porta para fraudes”, alerta Flávio Cunha, delegado da Receita Federal.

Outro erro comum é a troca do CNPJ do empregador, onde o contribuinte fornece o número do documento da contratante e não da empresa terceirizada. Há ainda a confusão entre matriz e filial.

Quem cai na malha fina é convocado pela Receita para dar explicações e tem 30 dias para explicar o motivo da irregularidade. Aquele contribuinte que perceber que cometeu erros no Imposto de Renda pode procurar a Receita Federal espontaneamente.

As operações “Malha 12” e “No limite”, deflagradas entre abril e agosto do ano passado recuperaram R$ 8 milhões que eram fraudados. Caso o Leão não concorde, são cobradas multas que vão de 75% até 225% do valor da dedução a receber, além dos problemas legais, como explicou Marcos André, chefe do setor de fiscalização da Receita.