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Economia

IPI reduzido mantém aquecido comércio de automóveis

Renan Nucci

01 de Abril de 2013 - 13:31

A redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) será mantida até o final de 2013, com o objetivo de impedir queda na comercialização de automóveis zero quilômetro. O anuncio foi feito neste final de semana pelo ministro da Economia, Guido Mantega. O IPI menor foi fator determinante no crescimento das vendas na indústria automobilística em 2012, servindo de estímulo ao setor que representa hoje 25% da produção industrial nacional.

O objetivo do governo era aumentar a alíquota do IPI para 3,5% em carros 1.0, por exemplo, a partir desta segunda-feira (1° de abril). Entretanto, por conta da baixa nos indicadores de fevereiro, os 2% que vigoram desde janeiro, serão mantidos até dezembro. Desta maneira, mais de R$ 2 bilhões em impostos deixarão de ser arrecadados.

Em Dourados, assim como em todo país, quem trabalha com o comércio de automóveis enfrenta duas realidades diferentes. De um lado estão as concessionárias que vêem os lucros aumentando gradativamente, do outro estão os garagistas que buscam soluções alternativas para não se distanciarem da concorrência.

De acordo com Junior Estriotto, supervisor de vendas de uma concessionária da cidade, o movimento em sua empresa teve crescimento significativo a partir da redução do IPI. “Sem dúvida o carro zero se tornou ainda mais acessível. Em 2012, tivemos um crescimento de aproximadamente 30%. Até então a alíquota do IPI era zerada, mas a partir de janeiro passou a ser de 2%, e fez com que a procura por parte do consumidor diminuísse um pouco, porém, prevemos elevação de 15% para os próximos meses”, explicou.

Em situação menos confortável estão os garagistas como Wado Lima; ele explica que a comercialização de usados tem caído. “Assim que o governo adotou tais medidas, tivemos uma queda de pelo menos 50% nas vendas. Estamos procurando alternativas para concorrer com os carros novos, que ainda são preferência. Temos oferecido documentação paga, tanques cheios e até mesmo abrimos mão de nossa margem de lucro, para que o movimento não caísse ainda mais”, afirmou.