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Economia

Mesmo com chuva irregular, MS deve ter safra recorde de soja

As chuvas irregulares entre o fim do ano passado e no começo deste ano impediram uma produção ainda maior, provocando uma perda na lavoura que chegou a 8%.

Campo Grande News

16 de Janeiro de 2013 - 16:10

Mato Grosso do Sul deve colher 6 milhões de toneladas de soja na safra 2012/2013, o que representa aumento de 30,7% na comparação com a safra passada, de 4,6 milhões de toneladas. Os números foram anunciados nesta quarta-feira (16), em uma propriedade rural de Bandeirantes, a 70 quilômetros de Campo Grande, pela Aprosoja/MS (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul)

A área planta teve alta de 11%, passando de 1,87 milhões de hectares para 2,1 milhões de hectares. Esse aumento também foi verificado na produtividade, que está 17,6% maior nesta safra, com 3 mil kg ou 50 sacas por hectare.

As chuvas irregulares entre o fim do ano passado e no começo deste ano impediram uma produção ainda maior, provocando uma perda na lavoura que chegou a 8%.

Segundo o presidente da Aprosoja/MS, Almir Dalpasquale, esta é uma das melhores safras registradas no Estado, reflexo do investimento por parte dos agricultores. “Os produtores estavam capitalizados e conseguiram comprar bons insumos”, disse.

Dalpasquale, que planta 4 mil hectares da oleaginosa, disse que 30% da produção estadual deve ser exportada neste ano. O investimento médio final dos produtores foi de até US$ 900 para cada hectare.

Em todo Estado, a colheita deve ser concluída entre os dias 5 e 10 de fevereiro.

O balanço da safra foi apresentado na estância Priscila, onde foram plantados 330 hectares da soja super precoce, logo após o fim do período do vazio sanitário e uma produção de 55 sacas para cada 10 mil metros quadrados. O proprietário Carlos Antônio Brauner, disse que poderia ter alcançado um índice maior se tivesse contado com a ajuda do tempo.

“A produtividade poderia ser maior, mas as chuvas atrasadas prejudicaram. Aqui, as de grande porte só começaram depois do dia 10 de janeiro”, disse. Ele já negociou 40% da produção, parte trocada por insumos e o restante em dinheiro.

No caso dele, o valor médio pago pela saca é de R$ 55 e no ano passado chegou a R$ 83, como consequência da seca e quebra da produção nos Estados Unidos.

O filho do sojicultor, Sandro, também é responsável pelo armazenamento da produção dos 2,5 mil hectares da família e disse que a expectativa agora é com o milho. “Terminando a colheita já vamos partir para o plantio da safrinha”, comentou.