Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Segunda, 29 de Abril de 2024

Economia

Ministério da Fazenda aponta economia em ritmo mais intenso em 2013

O documento ressalta que a redução da tarifa de energia elétrica já está gerando aumento da competitividade das empresas e ampliando a renda disponível das famílias

Agência Estado

24 de Abril de 2013 - 13:21

Os fundamentos macroeconômicos do País têm permitido enfrentar a crise global sem maiores sobressaltos. Essa é a avaliação do Ministério da Fazenda, que publicou nesta quarta-feira, 24, o boletim "Economia Brasileira em Perspectiva", relativo ao primeiro trimestre.

Segundo o documento, a economia brasileira começou 2013 com ritmo de crescimento mais intenso, dando prosseguimento à trajetória de aceleração verificada a partir do segundo semestre de 2012. "Apesar das dificuldades que persistem na economia internacional, a economia brasileira continua crescendo gradualmente", aponta.

O documento destaca também as "amplas desonerações tributárias" que têm sido promovidas pelo governo, como as mudanças na folha de pagamentos das empresas, que englobam mais de 40 setores da economia. O boletim reitera as projeções feitas pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmando que a renúncia fiscal em 2013 superará os R$ 70 bilhões, quase 2% do Produto Interno Bruto (PIB), ante R$ 40 bilhões em 2012.

O documento ressalta que a redução da tarifa de energia elétrica já está gerando aumento da competitividade das empresas e ampliando a renda disponível das famílias. O texto lembra que a desoneração da cesta básica também se soma aos esforços do governo para promover maior justiça tributária.

Segundo o boletim, o amplo programa de concessões em aeroportos, rodovias, ferrovias e portos também será fundamental para a superação de gargalos na infraestrutura de transportes do País, com aumento da qualidade dos serviços e redução de custos da produção e distribuição. O governo também considera o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) um instrumento essencial para garantir que o investimento se mantenha como uma das principais forças impulsionadoras do desenvolvimento.

O boletim destaca que caberá aos investimentos em infraestrutura o papel central na agenda das políticas públicas. "Isso levará crescimento mais intenso na Formação Bruta de Capital Fixa do País, com consequente maior participação no PIB nos próximos anos", prevê.

Inflação

De acordo com o boletim, as condições mais favoráveis de oferta de alimentos deve influenciar positivamente este ano a trajetória da inflação ao consumidor. "Esta dinâmica deverá se aprofundar nos próximos meses". O boletim lembra que a previsão de mercado (Focus) é que o IPCA encerre o ano abaixo do resultado de 2012. O documento destaca que as metas de inflação vêm sendo cumpridas desde 2004 e que os desvios do centro da meta ocorridos nos anos recentes refletem, primordialmente, choques de oferta que afetam a economia como, por exemplo, intempéries climáticas.

Segundo o ministério, em março de 2013, a combinação mais favorável de oferta de alimentos e o impacto da redução da tarifa de energia já influenciou a trajetória da inflação ao consumidor, que caiu de 0,86% em janeiro para 0,47% em março. "Em março de 2013, a inflação de bens duráveis no IPCA mostra pequena correção. A inflação de alimentos, por sua vez, encontra-se no pico e registrará desaceleração nos próximos meses, o que direcionará o IPCA para patamares mais baixos", avalia o governo no documento.

O boletim afirma que a tendência de desaceleração da inflação em 2013 pode ser melhor percebida pelo encadeamento dos diversos índices de inflação calculados no País, divulgados desde o início do ano. Também destaca que a dinâmica dos preços ao consumidor tem respondido de maneira defasada às variações de alimentos ao produtor, mas que a atual desaceleração no Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) agrícola se refletirá em patamares mais baixos de IPCA nos próximos meses.

Segundo o boletim, as menores tarifas de energia elétrica já provocaram impacto direto de -0,61pp no IPCA nos dois primeiros meses deste ano. "Impactos indiretos, derivados da redução dos custos para empresas, deverão também contribuir para a acomodação inflacionária nos próximos meses".