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Economia

Reativação do ramal ferroviário exigiria quase R$ 1 bilhão de investimento, calcula ANTT

Mais de 86% deste investimento, R$ 844,5 milhões, teria que ser feito nos primeiros 7 anos de concessão.

Redação/Região News

09 de Abril de 2023 - 19:05

Reativação do ramal ferroviário exigiria quase R$ 1 bilhão de investimento, calcula ANTT

A empresa que assumisse a operação do ramal ferroviário Campo Grande/Ponta Porã, precisaria investir R$ 982 milhões ao longo dos 60 anos para modernizar o trajeto de 340 km. Mais de 86% deste investimento, R$ 844,5 milhões, teria que ser feito nos primeiros 7 anos de concessão (entre 2024 e 2031). O projeto abrangeria substituição dos trilhos em bitola estreita (1 metro de largura), por bitola larga (1,66 metros de largura) que permite aumento da velocidade dos trens, além de reconstrução das esplanadas.

Em compensação se estima que neste período as receitas somem R$ 944 milhões, o que projeta um déficit de R$ 38 milhões. As despesas de curto prazo foram calculadas em R$ 478 milhões e mais R$ 122 milhões em impostos.

O estudo de viabilidade econômica que serve de base para formatar a concessão da Ferrovia Oeste, avaliou como deficitário o ramal de Ponta Porã e deixou de fora a ligação ferroviária da capital com a fronteira. O levantamento, tomando como base na estimativa de receita ao longo da concessão, projeta um VPL (Valor Presente Líquido) negativo de R$ 582 milhões, indicador de que o empreendimento é inviável, porque será deficitário.

Sidrolândia vai "herdar" o desafio de urbanizar a antiga esplanada, uma área de 14 hectares.

Diante do cenário, em que o ramal de Ponta Porã não será reativado, Sidrolândia vai "herdar" o desafio de urbanizar a antiga esplanada, uma área de 14 hectares no centro da cidade, há 5 anos transformando na ocupação Jatobá, além de urbanizar o traçado dos que atravessam 3,5 km do perímetro urbano. O ramal de Ponta Porã está desativado desde 1996.

Inaugurada em 19 de abril de 1953, fez parte da linha da Noroeste do Brasil que ligava Campo Grande à fronteira com o Paraguai, chamado de Ramal de Ponta Porã, pois a linha tronca chegava a Ponta Porã.

Foram 9 anos de longa demora para o ramal ser concluído na sua plenitude, chegando primeiramente a Maracaju (no ano de 1944), depois Dourados (1949) e em 1953 a Ponta Porã. O terminal tinha pouca demanda de passageiros. A estação de Sidrolândia foi inaugurada em 1944 com o nome de Anhanduí, nome que perdurou pelo menos até 1953. no primeiro trecho do ramal que foi entregue e que terminava em Maracaju.

Durante o projeto, o nome da estação era Vacaria. Em 1960, a estação já se chamava Sidrolândia. O trem de passageiros passou pela última vez em Sidrolândia em 01/06/1996.