Marquinhos esvazia poder dos Trad com 6º lugar na eleição para o Governo

Na mesma dimensão da surpreendente avalanche de votos que levou o Capitão Contar para o 2º turno na 1ª posição, o resultado das urnas trouxe outro desdobramento: o fracasso do projeto eleitoral do ex-prefeito Marquinhos Trad que terminou em 6º lugar, atrás da petista Gisela Marques, arrastando consigo a musculatura política da família Trad.

Marquinhos não conseguiu eleger o sobrinho, Otávio Trad, deputado estadual. O irmão, Fábio Trad, também não se reelegeu deputado federal. Só o irmão mais velho, Nelson Trad, mantém o protagonismo político porque tem mais 4 anos de mandato de Senador em Brasília.

Marquinhos que há dois anos foi reeleito prefeito no 1⁰ turno com mais de 52% dos votos, ficou em terceiro lugar na Capital com 76.316 votos, redução de 65,15% sobre os 218.418 obtidos na eleição de 2020. Embora sua gestão tenha obtido apoio financeiro do Estado (recurso para contrapartida de obras, tapa buraco), rompeu com o governador Reinaldo Azambuja que não deixou o PSDB lançar candidato a prefeito.

Marquinhos não atraiu alianças com partidos expressivos nem teve uma chapa competitiva para a Assembleia Legislativa e à Câmara Federal. O seu partido, o PSD, só elegeu um deputado estadual, o ex-secretário Pedro Pedrossian Neto. Com 15.994 votos ele só vai ocupar a vaga em decorrência da impugnação do registro da candidatura do vereador Thiago Vargas que obteve 18.288 votos e fez campanha para o Capitão Contar.

O ex-prefeito fez uma campanha centrada em ataques ao Governo do Estado. Acusado de assédio sexual, admitiu apenas o adultério e viu os índices de rejeição multiplicaram, destruindo sua imagem de evangélico, pai, avô e marido exemplar.