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Esporte

Alemães admitem que Schumacher pode ficar em coma irreversível

O tom é mais alarmista no depoimento de Gereon Fing, neurologista da cidade de Colônia também citado pela imprensa alemã.

Terra

16 de Janeiro de 2014 - 15:10

De acordo com a imprensa alemã, existe a possibilidade de Michael Schumacher permanecer em estado vegetativo. Desde o acidente do heptacampeão de Fórmula 1 em 29 de dezembro, o alemão está em coma induzido em um hospital de Grénoble (França), correndo o risco de não despertar mais. Segundo a revista Focus, especialistas afirmam que o ex-piloto “pode ficar em coma para sempre”.

Já o jornal Bild afirmou que não há planos para despertá-lo diante da gravidade do caso. As informações da segunda publicação não são oficiais, já que os médicos que cuidam de Schumacher não divulgam boletins nos últimos dias. De acordo com o jornal britânico Daily Mail, “o silêncio de seus agentes e da equipe médica que o trata em Grénoble leva muitos a temer pelo pior”.

A oxigenação cerebral é reduzida em estados de coma, mas os pacientes nestas condições costumam ser despertados em até duas semanas. Schumacher, porém, ainda não se recuperou o suficiente para acordar do coma, levando à especulação – entre várias teorias – de que seu cérebro estaria gravemente comprometido. “Pode ter havido complicações”, disse o neurocirurgião Andreas Zieger, da Clínica Universitária de Oldenburg (Alemanha), à revista Focus. “Não deveríamos especular aqui. Estamos falando aqui de vida e morte. Um coma pode, em tese, ser mantido por toda uma vida. Isso não danificaria o cérebro humano”, completou.

Zieger lembrou, entretanto, que o corpo de Schumacher está sujeito a vários danos diante do acidente e da internação: estresse no fígado diante do uso de anestésicos, atrofia muscular e aumento da pressão intracraniana, resultante da falta de circulação de líquido cefalorraquidiano (LCR).

“Lesões cerebrais estão entre as mais complicadas que podem acontecer ao corpo humano. Previsões sobre o a duração do coma de uma pessoa ou de potenciais complicações são geralmente pouco confiáveis”, completou. O tom é mais alarmista no depoimento de Gereon Fing, neurologista da cidade de Colônia também citado pela imprensa alemã.

Segundo Fink, a situação de Schumahcer pode ser pior do que aparentava. “Se as lesões forem tão severas a ponto de atingir o paciente, ele é mantido em um coma induzido”, lembrou Fink. “Dependendo da região do sangramento, a hemorragia pode levar a uma paralisia unilateral, desordens de fala ou mudanças de personalidade”, completou.