Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 25 de Abril de 2024

Agronegócio

Milho pode ter perdas de 200 mil toneladas com seca em Mato Grosso do Sul

Em alguns municípios no Centro-Sul a estiagem já dura mais de 20 dias.

Correio do Estado

25 de Abril de 2018 - 08:03

Milho pode ter perdas de 200 mil toneladas com seca em Mato Grosso do Sul

Estiagem prolongada registrada em municípios das principais regiões produtoras do milho safrinha de Mato Grosso do Sul começa a preocupar produtores e leva analistas da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul) a rever para baixo as estimativas da safra deste ano. Em decorrência da situação de deficit hídrico constatada em quatro regiões acompanhadas pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga), a estimativa é de que as lavouras de milho sul-mato-grossenses comecem o mês de maio com volume de produção de grãos inferior ao projetado no início da safra.

A queda estimada é de 200 mil toneladas, passando de 8,6 milhões para 8,4 milhões de toneladas. A produtividade, de 85 sacas por hectare, também deve recuar para 83 sacas por hectare. Os dados, repassados pelo engenheiro agrônomo e analista técnico em agricultura da Famasul, Leonardo Carlotto, refletem os efeitos do tempo seco no Centro-Sul, em regiões do Estado consideradas importantes para a cultura e que têm sido mais prejudicadas até o momento.

Conforme informações da circular da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja-MS), a cultura do milho já está com problemas de falta de chuvas nas regiões Centro-Oeste (que abrange os municípios de Sidrolândia, Maracaju, Jardim e Bonito) – nesta região, inclusive, alguns produtores relatam que já estão há mais de 20 dias sem chuva na propriedade –; Sudoeste-Fronteira (Itaporã, Maracaju, Ponta Porã e Bela Vista), Sul (Dourados, Itaporã, Fátima do Sul e Vicentina) e Sul-Fronteira (Ponta Porã e Aral Moreira).

“São municípios com grandes áreas de plantio, onde ficam municípios como Sidrolândia, Maracaju, Rio Brilhante, Itaporã, que respondem por 25% da área plantada da região”, destacou.