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Internacional

Nasa lançará satélite para medir as mudanças da massa polar na Terra

Será lançado ao espaço, no próximo dia 15, um satélite que vai medir, as mudanças de massa polar na Terra.

Agência Brasil

23 de Agosto de 2018 - 08:19

A Nasa, a agência espacial norte-americana, quer aprofundar os estudos sobre mecanismos que reduzam as incertezas dos prognósticos sobre o futuro aumento do nível do mar e ajudem a compreender as mudanças climáticas. Para isso, será lançado ao espaço, no próximo dia 15, um satélite que vai medir, em detalhes, as mudanças de massa polar na Terra. 

O Satélite de Elevação de Terra e Gelo da Nasa-2 (ICESat-2) medirá a mudança média anual de elevação do gelo terrestre que cobre a Groenlândia e a Antártida, capturando 60 mil medições por segundo.

A expectativa dos pesquisadores é de que o ICESat-2 amplie e aperfeiçoe estudos anteriores da Nasa, que monitoraram a mudança nos movimentos dos picos polares em 2003, com a primeira missão ICESat e, depois em 2009, com a Operação IceBridge, que analisou a taxa de variação e aceleração. 

Gelo 

De acordo com a Nasa, bilhões de toneladas de gelo derretem anualmente, elevando o nível do mar no mundo. 

Nos últimos anos, as contribuições do derretimento das camadas de gelo da Groenlândia e da Antártica aumentaram o nível do mar global em mais de um milímetro por ano. A taxa está aumentando, segundo os pesquisadores. 

O ICESat-2 também fará as medições para verificação da altura do gelo marinho existente acima da superfície do mar, observando a espessura e o volume. 

Pesquisas 

A cobertura de gelo do Ártico reflete o calor do Sol de volta ao espaço. Quando esse gelo derrete, a água escura que há embaixo absorve o calor, alterando os padrões de circulação do vento e do oceano, afetando potencialmente o clima global da Terra. 

Além dos pólos, o ICESat-2 medirá a altura das superfícies oceânicas e terrestres, incluindo as florestas. Um instrumento associado ao ICESat-2 medirá o topo das árvores, na tentativa de colaborar com as pesquisas sobre a quantidade de carbono armazenada nas florestas. 

Os pesquisadores também analisarão os dados coletados sobre a altura da copa das árvores, sua densidade e estrutura, no esforço de realizar previsões sobre incêndios florestais.