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Política

Prefeito articula para garantir maioria na Câmara e pode abrir espaço na gestão

O prefeito Marcelo Ascoli não teve outra saída: desde a semana passada tem trabalhado intensamente para garantir maioria na Câmara.

Redação/Região News

23 de Fevereiro de 2020 - 21:15

Prefeito articula para garantir maioria na Câmara e pode abrir espaço na gestão

O prefeito Marcelo Ascoli não teve outra saída: desde a semana passada tem trabalhado intensamente para garantir maioria na Câmara. O prefeito está disposto a oferecer como moeda de troca para recomposição da ata base no Legislativo, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a direção da Fundação de Cultura, cargos que estão vagos.

Os entendimentos visam a governabilidade, não representam compromisso com o projeto de reeleição do prefeito. A primeira conversa foi com os sete vereadores que tem ajudado o Governo nas votações, mas que ultimamente sofreu algumas deserções.

O vereador Otacir Figueiredo, com a conturbada nomeação do cunhado Genivaldo Alcântara para a presidência da Fundação Municipal Indígena. A minuta da portaria de nomeação foi elaborada praticamente sob coação do secretário de Fazenda, Renato Santos e do procurador jurídico Luiz Palermo, pressionados por um grupo de 50 indígenas, alguns armados, que invadiram o Paço Municipal.

Também foram ouvidas queixas dos vereadores Jonas Rodrigues e Carlos Tadeu. O vereador Edno Ribas criticou a atuação da chefe do Departamento de Planejamento.

A Prefeitura ainda não recebeu R$ 183 mil do Governo do Estado, valor referente ao repasse para custear o transporte escolar dos alunos das escolas estaduais referente ao segundo semestre letivo de 2019. A Secretaria Estadual de Educação alega que não fez o pagamento por falta de prestação de contas, que é de responsabilidade do órgão.

O vereador Jean Nazareth foi indicado líder do Governo na Câmara e terá como missão fazer a interlocução entre a base e o Executivo.  Já estaria garantida  a nomeação de familiares do vereador Celso Pereira. A acomodação  assegura o 8º voto necessário para aprovação dos projetos que exigem maioria simples.

O prefeito acenou também na direção do vereador Adilson de Brito, que embora ainda filiado ao Prós, tem o controle local do Partido da República, ligado a duas igrejas evangélicas, a Universal e a Sara Nossa Terra. Ao vereador foi aberta a possibilidade de indicar o diretor da Fundação de Cultura, cargo que ele ocupou na gestão Ari Basso.

Também foram mantidas conversações com o PDT. O vereador Waldemar Acosta, presidente do diretório municipal, mostrou-se disposto ao diálogo para garantir a aprovação dos projetos de interesse da população. "Não faço oposição radical. Sempre criticamos aquilo que julgamos inadequado sem entrar no ataque pessoal. É uma postura institucional", garante.

O alinhamento eleitoral passará pela consulta à militância e a direção regional. Na semana passada o ex-prefeito Daltro Fiuza se reuniu com o presidente regional pedetista, Dagoberto Nogueira, quando propôs aliança para eleição de outubro. O prefeito invocou o fato que já foi vereador do PDT, para demonstrar seu interesse em ter o partido em seu palanque.