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Política

João Rocha é o nome do PSDB para compor chapa com Trad

Ninho tucano deve anunciar escolha em conjunto com a Câmara Municipal para eleições 2020

Correio do Estado

15 de Abril de 2020 - 14:35

Após muita especulação e espera, o PSDB definiu como deve se posicionar nas eleições previstas para outubro e como fica o acordo do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com o prefeito Marcos Trad (PSD). Conforme apurado pelo Correio do Estado, em reunião realizada ontem os tucanos definiram que vão indicar o nome do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha, para compor a chapa de Trad como vice-prefeito.

Em 2018, Trad apoiou a reeleição de Azambuja, e o tucano se comprometeu a retribuir o favor ao prefeito neste ano. O acordo causou desconforto na Executiva Estadual do partido, uma vez que nomes do PSDB tinham a intenção de concorrer à prefeitura. Conforme os bastidores da política, os deputados federais Rose Modesto e Beto Pereira, o secretário-especial do Governo, Carlos Assis, e os vereadores João Rocha e João César Mattogrosso se colocaram à disposição da agremiação para o pleito de 2020.

Ainda segundo informações apuradas pelo jornal, estavam na reunião de ontem os presidentes da Executiva Estadual e Municipal do PSDB, Sérgio de Paula e João César Mattogrosso, respectivamente, além dos vereadores Ademir Santana, Delegado Wellington, Dr. Lívio, Cida Amaral, Junior Longo e o presidente do Legislativo, João Rocha. Apenas o vereador Antônio Cruz da bancada tucana na Casa de Leis não compareceu.

Uma fonte disse ao Correio do Estado que durante a conversa houve consenso entre os tucanos e o nome de Rocha para compor a chapa com Trad será apresentado aos demais vereadores da Câmara Municipal como a escolha da bancada.

O presidente será apresentando como uma indicação da instituição para junto com o prefeito gerir de Campo Grande. “Estamos bem alinhados, mas será uma indicação da instituição. Já está bem organizado com a Casa, mas ainda precisamos ter cautela antes de anunciar. O nome dele será trabalhado para esse sentido. Vamos nos reunir e conversar, será uma apresentação da bancada do PSBD para os demais vereadores”, disse um filiado ao partido.

O partido ainda tem cautela para oficializar João Rocha como a escolha para ser vice de Marcos Trad. “Separa a questão institucional da questão partidária. O João vai sair como a nossa indicação da Câmara. Já saiu da bancada e será trabalhado. Será institucional, mas a gente não deve cravar que este é o nome do partido porque mexe com vaidade e com outras pessoas. O partido não deve pular etapas”, declarou uma outra liderança tucana que não quis se identificar.

Nacional

A decisão do PSDB vai contra a resolução da Executiva Nacional do partido, porém, no fim de 2019 um documento assinado pelo presidente nacional do ninho, Bruno Araújo, afirma que o partido “deve apresentar candidato próprio a prefeito nas eleições de 2020, nos municípios com mais de 100 (cem) mil eleitores, naqueles que tenham geração de programa de televisão e nos considerados estratégicos pela Executiva Nacional”.

De acordo com o texto, a Executiva avaliou a importância das eleições de 2020 para o pleito de 2022, quando são eleitos o presidente do Brasil, senadores e deputados federais e estaduais. Com o fim das coligações nas chapas proporcionais, os partidos políticos têm buscado fortalecer suas bases, e a expectativa de lideranças é de que algumas agremiações não consigam eleger vereadores.

Em Campo Grande, diversos partidos têm se organizado para lançar candidatura própria no Executivo e fortalecer a chapa de vereadores na intenção de eleger o maior número de representantes.

Após a resolução, integrantes da Executiva estadual fortaleceram o discurso contra o acordo. Os deputados federais Beto Pereira e Rose Modesto e o deputado estadual Rinaldo Modesto, além do prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina, e do secretário de Saúde, Geraldo Resende, teriam expressado desejo por candidatura própria do PSDB.

Concorrentes

Além de Marcos Trad, devem concorrer à Prefeitura de Campo Grande o ex-secretário Marcelo Miglioli (Solidariedade), o deputado Capitão Contar (PSL), Sérgio Murilo (Podemos) e Sérgio Harfouche (Avante), entre outros nomes.