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Política

Junte eu e o Mandetta e divida por dois’, pede Bolsonaro a Teich

Frase foi dita pelo presidente da República ao empossar Nelson Teich como novo ministro da Saúde. Luiz Henrique Mandetta foi demitido por divergir de Jair Bolsonaro no combate ao coronavírus.

G1

17 de Abril de 2020 - 13:40

O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta sexta-feira (17) para que o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, some ele e o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta e “divida por dois” para chegar ao resultado que “interessa” ao país no combate à pandemia do novo coronavírus.

Bolsonaro deu a declaração durante a posse de Teich, oncologista que substitui Mandetta, demitido por divergir do presidente sobre as ações de enfrentamento à Covid-19.

O presidente repete em seguidos discursos que a economia também precisa ser levada em conta e incentiva a retomada das atividades comerciais, flexibilizando o isolamento social adotado por estados e municípios.

“Junte eu e o Mandetta e divida por dois. Pode ter certeza que você vai chegar naquilo que interessa para todos nós. Não queremos vencer a pandemia e daí chamar o doutor Paulo Guedes para solucionar as consequências de um povo sem salário, sem dinheiro e quase sem perspectiva em função de uma economia que a gente ve que está sofrendo vários revezes”, disse Bolsonaro.

Na cerimônia de posse, o novo ministro da Saúde afirmou que terá "foco na pessoas" e que fará um trabalho de parceria com estados e municípios para conter o coronavírus.

A troca no comando da pasta ocorreu em meio à pandemia vírus. Até esta quinta-feira (16), o Brasil já havia confirmado 30.891casos da covid-19 e 1.952 mortes provocadas pela doença.

"Acompanhar a diariamente a evolução em cada estado e município de como está evoluindo a covid-19 e outros problemas que possam estar relacionados à saúde. Trabalhando com os estados, com os municípios para que a gente consiga ter uma agilidade na solução de problemas que vão surgir. Você tem que analisar todo dia o que está acontecendo, fazer planejamento e executar", afirmou Teich.

Abertura de comércio e fronteiras

O presidente afirmou que corre “risco” ao defender a retomada do comércio no país, porém acredita que essa é a medida correta para lidar com o combate ao coronavírus e ao desemprego.

“Essa briga de começar a abrir para o comércio, é um risco que eu corro, porque se agravar vem para o meu colo. Agora, i que acredito, o que muita gente já esta tendo consciência, tem que abrir”, afirmou.

Bolsonaro também defendeu a reabertura das fronteiras, fechadas para conter o avanço do contágio pelo novo coronavírus.

“Conversei com o ministro Moro agora há pouco sobre fronteiras. Tenho a minha opinião, que a gente vai conversar com mais ministros. Começar a abrir as fronteiras”, disse.

O presidente deu como exemplo Paraguai e Uruguai, que possuem fronteira seca com o Brasil.

“A gente pergunta: por que está fechado para o Paraguai? Se é uma fronteira seca que não temos como fiscalizá-la? Eu acredito que quando for escrever alguma coisa, é para ser cumprido. A mesma coisa no tocante ao Uruguai. Isso a gente vai tendo informações e vai decidindo”, declarou.