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Sidrolândia

Agesul deixa obra do acesso ao frigorifico sem concluir travessia sobre nascente e drenagem

Nesta semana será dado mais um passo para tirar do papel o projeto do acesso, que se arrasta desde 2015.

Flávio Paes/Região News

28 de Junho de 2020 - 21:22

Agesul deixa obra do acesso ao frigorifico sem concluir travessia sobre nascente e drenagem

Após 40 dias efetivos de trabalho, a Agesul deslocou para a MS-258 (onde patrolou o trecho do Capão Seco até a BR-163) a equipe que chegou em março a Sidrolândia com a missão de entregar o acesso ao Frigorífico Balbinos pela MS-162. A Agência Estadual de Empreendimentos acabou deixando como legado, uma rua com sete metros de largura (quando o projeto inicial era uma avenida de duas pistas), sem travessia sobre a nascente do Córrego Água Azul e com um cascalhamento insuficiente para absorver o tráfego diário de carretas que entram e saem da indústria.

Quem passou neste domingo pelo local percebeu que nas condições atuais, os caminhões trazendo boi em pé para o frigorífico terão de continuar trafegando pelas estreitas ruas do Bairro São Bento e Jardim Paraiso. Com a chuva dos últimos dias, uma poça se acumulou na travessia provisória feita na nascente do Córrego Água Azul, onde a Prefeitura colocou duas manilhas pequenas e não foi espalhado o cascalho, deixado amontoado nas proximidades.

O motorista que se arriscar a passar pelo local, mesmo em carro de passeio, corre risco de ficar atolado. Também não foi feito nenhum acesso (ainda que provisório) para os caminhões ingressarem na MS-162, onde certamente será preciso construir uma pista de desaceleração para garantir (com mais segurança) a entrada e saída do acesso.

Nesta semana será dado mais um passo para tirar do papel o projeto do acesso, que se arrasta desde 2015, quando dois produtores doaram 8 hectares para servirem de trajeto para a futura avenida de 5,5 km de extensão, com duas pistas e ciclovia. Nesta segunda-feira, às 8 horas, será aberto o pregão eletrônico para a contratação de uma empresa que fará o projeto executivo do acesso, orçado em R$ 79.995,89, que será contratado com pelo menos 4 anos de atraso.

Foram feitas por engenheiros da Prefeitura pelo menos três versões do projeto, todos rejeitados pela Agesul já que o Governo se propôs bancar a implantação do acesso. Há dois anos, chegou até a ser anunciado liberação de R$ 422 mil para executar a obra. Seu custo dobrou porque com duplicação de um trecho da MS-162, seria preciso um projeto de drenagem para captar e levar até o córrego Água Azul, desviando do trajeto do acesso, a enxurrada que desce pelo bueiro construído na rodovia.

Sem o projeto executivo, a Prefeitura não consegue o licenciamento ambiental para fazer a travessia sobre a nascente, que além de um conjunto de manilhas, exigirá a construção de estrutura de concreto para proteger o aterro quando chover mais forte. O projeto terá de ser detalhado, abrangendo sondagem do solo, projeto de drenagem completo (com dimensionamento da tubulação); largura mínima necessária da pista; dispositivo de acesso à MS-162 (incluindo solução para o escoamento das águas pluviais da rodovia) e sinalização viária. Na sexta-feira o Governo do Estado lançou a licitação para o acesso urbano ao frigorífico, que passa pelo Bairro São Bento e Jardim Paraíso.

A obra, que já tem projeto executivo, está orçada em R$ 1.425,045,85, para execução de 1 km de drenagem e 707 metros de pavimentação, prolongamento da Rua Dr. Costa Marques. As obras são fundamentais para viabilizar a entrada em funcionamento da sala de desossa do frigorífico que vai gerar 300 empregos diretos e abrir o mercado externo à produção da indústria.