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Sidrolândia

Sem nenhum caso de Covid-19, indígenas das aldeias urbanas mantém barreira sanitária

Aldeia Tereré e Nova Nascente - por conta própria montaram desde março uma barreira sanitária permanente.

Flávio Paes/Região News

30 de Junho de 2020 - 09:12

Sem nenhum caso de Covid-19, indígenas das aldeias urbanas mantém barreira sanitária

Com a ameaça da pandemia do Covid-19, as comunidades indígenas urbanas de Sidrolândia – a Aldeia Tereré e Nova Nascente - por conta própria montaram desde março uma barreira sanitária permanente, 24 horas por dia, 7 dias por semana, que controla a entrada de pessoas nas comunidades onde até agora não houve nenhum caso.

Estão sendo barrados até mesmo pessoas que vêm de outros municípios para visitar familiares residentes na cidade. Só é liberada a entrada, depois que a temperatura corporal é medida, passa por higienização das mãos com álcool em gel, esteja com máscaras, os entregadores de gás de cozinha ou de supermercados trazendo a compra do mês. Equipes das concessionárias de serviço públicos (Sanesul e Energisa) já foram barrados mais de uma vez.

Sem nenhum caso de Covid-19, indígenas das aldeias urbanas mantém barreira sanitária

Na Aldeia Tereré, onde moram aproximadamente 800 pessoas, o cacique Sebastião Figueiredo, definiu que cada família terá de cumprir uma escala semanal de 24 horas, que começa às 6 horas da manhã e vai até as 6 horas da manhã do dia seguinte. Segundo Vagner Gabriel, toda vez que algum morador da comunidade retorna da cidade, é medida sua temperatura e caso apresente algum sintoma, conversa com os técnicos de enfermagem do posto que atende a comunidade e é encaminhamento para ser atendido na UPA (Unidade de Pronto Atendimento).

Sem nenhum caso de Covid-19, indígenas das aldeias urbanas mantém barreira sanitária

O mesmo controle existe no final da Rua Adriano Ximenes, no Jardim Petrópolis, via de acesso a aldeia Nova Nascente, onde moram 90 famílias. Foi instalado uma cancela feita com canos de PVC, onde integrantes da comunidade se revezam diariamente para controlar o acesso. Quem não mora lá é barrado.

Só é permitida a entrada dos entregadores dos supermercados e revendas de gás. Segundo Anivaldo Oliveira, diariamente quando retornam do trabalho, é medida a temperatura dos moradores. Todos estão conscientes a usar máscaras, só sair de casa se para trabalhar ou por alguma razão inadiável.