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Internacional

Onda de violência deixa pelo menos 10 mortos

Presidente Daniel Noboa decretou estado de conflito armado interno após grupo invadir estúdio de TV durante transmissão ao vivo.

CNN Brasil

10 de Janeiro de 2024 - 09:25

Onda de violência deixa pelo menos 10 mortos
Polícia do Equador. Foto: Reprodução/Twitter Polícia Equador

A crise de segurança e a onda de violência que atingem o Equador já deixaram pelo menos 10 mortos, de acordo com autoridades locais. O presidente Daniel Noboa classificou 22 facções criminosas como grupos terroristas.

As autoridades também relataram o sequestro de sete policiais. Dez prisões foram feitas em relação aos crimes, disse a polícia. Os três policiais que trabalhavam no turno da noite foram levados de sua delegacia, segundo informou a polícia nas redes sociais na terça-feira (09), enquanto um quarto policial desaparecido foi levado por três criminosos em Quito.

“Nossas unidades especializadas estão ativas com o objetivo de localizar nossos colegas e prosseguir com a captura dos criminosos”, disse a polícia. “Esses atos não permanecerão impunes.”

Separadamente, 13 homens armados que assumiram o comando da estação de televisão TC durante uma transmissão ao vivo também foram presos na terça-feira (09). O decreto número 111, pelo qual o presidente do Equador declarou a existência de um “conflito armado interno”, implica a imediata mobilização e intervenção das forças de segurança no território nacional contra o crime organizado.

A medida ordena “providenciar a mobilização e intervenção das Forças Armadas e da Polícia Nacional no território nacional para garantir a soberania e a integridade territorial contra o crime organizado transnacional, as organizações terroristas e os atores beligerantes não estatais, de acordo com o disposto neste Decreto Executivo”.

Além disso, permite às Forças Armadas “realizar operações militares, ao abrigo do direito humanitário internacional e respeitando os direitos humanos, para neutralizar grupos identificados”.

A declaração de “conflito armado interno” se soma, segundo o decreto 111, ao estado de emergência e ao toque de recolher decretados anteriormente por Noboa devido à “grave comoção interna”.

De acordo com o artigo 164 da Constituição do Equador, o presidente da República “poderá decretar estado de emergência em todo o território nacional ou em parte dele em caso de agressão, conflito armado internacional ou interno, grave comoção interna, calamidade pública ou desastre natural”.

Entre segunda (8) e terça-feira (9), houve “uma noite de terror” em várias regiões do país, conforme descreveram cidadãos com quem a CNN conversou.