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Mato Grosso do Sul

Gerson diz que reforma tributária acaba com pacto federativo e Estado perde autonomia financeira

Gerson admite que há necessidade de uma reforma tributária que simplifique e uniformize a legislação, mas vê como "inconveniente esta tentativa de aprovar a qualquer custo.

Redação/Região News

05 de Julho de 2023 - 16:16

Gerson diz que reforma tributária acaba com pacto federativo e Estado perde autonomia financeira
 Presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro. Foto: Divulgação

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro (PP), está convencido de que a proposta de reforma tributária em tramitação na Câmara Federal acaba com o pacto federativo, atropelando uma cláusula pétrea da Constituição que garante aos estados autonomia administrativa e atribuição de fiscalizar os tributos em sua esfera de competência. "Nos termos em que o projeto foi elaborado, os estados sobreviverão de repasses. Os governadores ficarão sempre de pires nas mãos. Não existe autonomia real sem a prerrogativa de arrecadar. Todos estarão subordinados ao Conselho da Federação, que na prática será uma super receita", avalia o deputado.

Gerson admite que há necessidade de uma reforma tributária que simplifique e uniformize a legislação, mas vê como "inconveniente esta tentativa de aprovar a qualquer custo, sem que as diferenças regionais sejam levadas em conta". Há mais de 20 anos se fala em reforma tributária, nada justifica esta pressa em aprovar a qualquer custo um texto que está longe de ser consensual entre as unidades federativas", argumenta.

Gerson lembra que a ALEMS fez duas audiências, nas quais foram ouvidos especialistas e diferentes segmentos empresariais que apontaram pontos questionáveis da proposta de reforma, que promove uma série de experimentações tributárias.

Como o imposto será recolhido no destino do produto, o estado perde receita, pois a soja, o milho e o gás natural importado da Bolívia têm como destino outras regiões do país.

Há um cálculo de que ao longo de 10 anos, Mato Grosso do Sul perca R$ 30 bilhões. Enquanto a arrecadação dos outros estados cresceu 4% ao ano, a de Mato Grosso do Sul aumentou 6% acima da inflação. Como o critério de ressarcimento das perdas levará em conta a média da arrecadação entre 2024 e 2028, a receita estadual ficará estagnada. Outra preocupação é que serão definidas em Lei Complementar as regras do Fundo de Compensação das perdas de receita. "Tivemos como exemplo do risco deste formato de regulamentação a Lei Kandir, uma lei complementar que fixava critérios de ressarcimento das perdas dos estados com a isenção de ICMS das exportações. Mato Grosso do Sul não recebeu nem 50% do que tinha direito de ressarcimento. O ideal é que a regra seja definida por emenda constitucional, para evitar surpresas desagradáveis depois", comenta o presidente da ALEMS.

A reforma propõe a criação dos IVAs (Imposto sobre Valor Agregado), um federal e outro regional. A primeira é a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), que substituiria o PIS e o Cofins; e a segunda é o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS),Excelente! Aqui está a correção da última parte do texto:

A reforma propõe a criação dos IVAs (Imposto sobre Valor Agregado), um federal e outro regional. O primeiro é a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), que substituiria o PIS e o Cofins; e o segundo é o Imposto sobre Operações com Bens e Serviços (IBS), a ser criado no lugar do ICMS e do ISS.