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Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul registra 22 mortes maternas em 2024

Brasil contabilizou 1.187 mortes em 2024, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde.

Capital News

17 de Setembro de 2025 - 09:34

Mato Grosso do Sul registra 22 mortes maternas em 2024
Gravidez. Foto: Arquivo/Andre Borges/Agência Brasília

Óbitos poderiam ser evitados com pré-natal adequado e protocolos de atendimento. O Brasil contabilizou 1.187 mortes maternas em 2024, segundo dados preliminares do Ministério da Saúde. Em Mato Grosso do Sul, foram 22 registros no período. Os óbitos ocorreram durante a gestação, o parto ou até 42 dias após o nascimento, em grande parte por causas evitáveis como hipertensão, hemorragias e infecções.

A falta de atendimento rápido e qualificado, especialmente no pré-natal, é apontada como determinante para o cenário. Além de impactar diretamente a saúde das mães, a carência de cuidados também compromete a sobrevivência e o desenvolvimento dos recém-nascidos.

No mundo, a OMS estima que 287 mil mulheres morram todos os anos nessas condições, sobretudo em países de baixa e média renda. A meta do ODS 3.1, de reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 por 100 mil nascidos vivos até 2030, segue ameaçada.

Segundo Gilvane Lolato, gerente de Operações da Organização Nacional de Acreditação (ONA), a maioria dos casos pode ser evitada.

“O cuidado começa no primeiro atendimento da gestação até o pós-parto e cada etapa exige atenção qualificada e protocolos bem definidos”, afirmou.

Ela reforça que a saúde da mãe e do bebê estão ligadas:

“Quando a instituição adota padrões claros e seguros, o cuidado deixa de depender do improviso e passa a ser confiável, eficaz, humano e salva-vidas”, completou.

Avanços na mortalidade infantil

Apesar do quadro preocupante da mortalidade materna, o Brasil registrou avanços na proteção dos bebês. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), compilados pela ONA, apontam 35.450 mortes fetais e infantis em 2024, o menor número em anos e uma redução de 8,02% em relação a 2022.

As principais causas — como morte súbita, fatores perinatais, asfixia e infecções — podem ser evitadas com atenção básica fortalecida, pré-natal adequado, vacinação e cuidados hospitalares de qualidade.