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Youtuber de cobras é picado por mamba-verde e morre após 1 mês em coma

Graham “Dingo” Dinkelman, famoso entre os internautas pelo trabalho realizado na África do Sul com diferentes espécies de répteis, em especial as cobras.

Midiamax

31 de Outubro de 2024 - 15:55

Youtuber de cobras é picado por mamba-verde e morre após 1 mês em coma
Graham Dinkelman. Foto: Reprodução / Redes Sociais

Graham “Dingo” Dinkelman, famoso entre os internautas pelo trabalho realizado na África do Sul com diferentes espécies de répteis, em especial as cobras, morreu após 30 dias em coma devido à picada de uma mamba-verde.

Dinkelman morreu no sábado (26), em decorrência da picada de uma cobra. Segundo o jornal britânico The Telegraph, Dingo foi picado em casa por uma mamba-verde (Dendroaspis angusticeps). Nativa da África, a espécie pode chegar a até dois metros de comprimento e é considerada rápida e extremamente perigosa devido ao seu veneno.

Após ser picado, o sul-africano foi levado para uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). A peçonha da mamba-verde gerou um grave processo alérgico no organismo de Dingo. Por conta do choque anafilático, ele permaneceu em coma induzido por um mês, mas não resistiu.

A esposa de Dingo afirmou que o marido “lutou incrivelmente durante este período tão difícil”. Em comunicado citado pelo The Telegraph, Kirsty Dinkelman relatou que Dingo passou os 30 dias buscando sobreviver para permanecer com a família. “Sabemos que ele estava lutando para estar aqui conosco e estamos muito gratos por isso. Infelizmente, apesar da sua força e resiliência, o meu amado marido faleceu em paz, rodeado pela sua família”, declarou.

Quem era Dingo Dinkelman

Graham “Dingo” Dinkelman trabalhava com a preservação da vida silvestre. Autointitulado “conservacionista” dos animais selvagens e do meio ambiente, Dinkelman tinha o lema “Educar, inspirar e proteger” estampado em seus perfis.

Em seu portal oficial, Dingo descreveu que sua missão era ajudar diferentes espécies em seu país natal. Entre os animais que eram resgatados e recuperados por Dingo, estão pangolins, rinocerontes —principalmente aqueles que foram vítimas de processos para retirada dos chifres, leões, hienas, entre outros.

Dingo era especializado em répteis. A interação do sul-africano com as cobras, muitas delas potencialmente fatais, chama a atenção dos internautas, seja por curiosidade ou por medo. Em algumas de suas publicações, Dingo mostra momentos em que as cobras manipuladas durante as filmagens tentam o atacar.

Ativo nas redes sociais, Dingo compartilhava com os seguidores suas experiências com os animais. As publicações no Instagram são acompanhadas por mais de 645 mil seguidores. No YouTube, Dingo descrevia seu canal pessoal como “conteúdo de vida selvagem que irá trazer alguns dos animais mais icônicos e perigosos diretamente para sua sala de estar”. Na maior parte do conteúdo divulgado na internet, Dingo manipula cobras peçonhentas e faz experimentos com diferentes animais.

A paixão por animais selvagens era aparente na casa do sul-africano. Dingo deixou três filhos, sendo duas meninas e um menino. No perfil da família, as crianças aparecem com crocodilos e cobras, compartilhando da paixão do pai. “Somos uma família da África do Sul que ama animais como todo nosso coração!”, diz a descrição no Instagram. Os filhos de Dingo, Taylor, Maddy e Rex, mantêm em seus próprios perfis coleções de vídeos e fotos com os animais.

A família é responsável por um “santuário animal” na África do Sul. A Dingo’s Farm and Reptile Park (Fazenda e Parque de Répteis da Família Dingo, em tradução livre), em KwaZulu-Natal, conta com diversas espécies de animais, como coelhos, araras, vacas, aranhas, cobras, cabras e crocodilos. Além de apresentações ao vivo com serpentes, o parque oferece interação mediada dos visitantes com os animais.