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Policial

Adolescentes desaparecidas de MS podem ser vítimas de rede de exploração sexual

A polícia investiga o caso.

Midiamax

03 de Dezembro de 2016 - 10:20

Outras adolescentes de Mato Grosso do Sul podem ser vítimas de uma rede de exploração no interior de São Paulo, investigada depois do desaparecimento de duas jovens em Campo Grande. A polícia apura se assim como as meninas, as vítimas foram atraídas pelos bandidos e depois forçadas a trabalharem em uma casa de prostituição.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, adolescentes desaparecidas na Capital podem estar sendo obrigadas a se prostituir em outro estado. O caso foi descoberto depois que duas meninas, de 16 e 17 anos, foram levadas para uma casa de prostituição em Mogi Guaçu (SP) com a promessa de que iriam para o litoral do Rio de Janeiro.

Elas foram atraídas por uma vendedora de doces, de 22 anos, que também fez a viagem com elas e fugiu ao perceber do que realmente se tratava. Para a polícia, inicialmente, a jovem também é tratada como vítima do esquema.

Na tarde desta sexta-feira (2), ela e as adolescentes prestaram depoimento na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). O delegado responsável pelo inquérito, Paulo Sérgio Lauretto afirmou que detalhes do caso não serão divulgados para não atrapalhar as investigações.  Já na Capital, as meninas passam bem e estão com as famílias.

Desaparecimento

As adolescentes planejaram uma viagem ao Rio de Janeiro sem contarem nada aos pais. Elas saíram de casa no dia 24 de novembro e ficaram 6 dias desaparecidas. A jovem de 22 anos vendia doces na região do Aero Rancho, onde as vítimas são moradoras e teria chamado as meninas para a viagem.

Quando saíram da cidade, elas foram levadas para Mogi Guaçu, interior paulista, onde pararam em uma residência. Na casa, outra mulher identificada como Dáfine teria perguntado para elas “Vocês sabe o que vieram fazer aqui?”.

As adolescentes responderam que iriam para o Rio de Janeiro, momento em que ouviram da autora que estavam no local, onde funciona um prostíbulo, para trabalhar e deviam o valor de R$ 3 mil. Assustadas, elas conseguiram fugir na companhia da jovem, que se escondeu na casa de uma tia. As adolescentes ficaram na rua até serem encontradas por policiais militares.

Elas foram levadas para um abrigo masculino e depois transferidas para outro local pelo Conselho Tutelar. Com uma autorização judicial, as meninas voltaram de ônibus para Campo Grande.