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Policial

Agepen abre inquérito para investigar preso que trocou de lugar com o irmão

Marco Antônio Cuenca, 39 anos e o irmão Werinton Velane Cuenca, driblaram o monitoramento da Máxima e trocaram de lugar

Campo Grande News

09 de Julho de 2012 - 13:25

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) abriu inquérito para investigar o caso do preso que trocou de lugar com o irmão e fugiu de dentro da penitenciária de Segurança Máxima da Capital. O fato aconteceu na tarde deste domingo, durante a visita de familiares.

Segundo nota, a Agepen disse que além de já ter aberto inquérito, a Polícia Civil investiga o caso.

Marco Antônio Cuenca, 39 anos e o irmão Werinton Velane Cuenca, driblaram o monitoramento da Máxima e trocaram de lugar. O preso era Marco Antônio que saiu do estabelecimento, tranquilamente, se passando pelo irmão Werinton que não tinha passagem criminal pela Polícia.

A troca dos irmãos só foi descoberta por uma falha no plano de fuga: Marco esqueceu uma mochila deixada pelo irmão próximo ao Estabelecimento, o que levantou a suspeita da Polícia. Mesmo assim Marco conseguiu fugir e ainda está foragido.

Ele foi preso em fevereiro deste ano por envolvimento na quadrilha que assaltou o Banco do Brasil, em Ribas do Rio Pardo, mas já estava foragido do regime semi-aberto de São Paulo e somava oito passagens pela Polícia paulista.

Marco saiu do presídio com as roupas do irmão, assinou o registro de visitantes como se fosse Werinton, mas pegou a mochila errada, em outro comércio. Na fuga, ele percebeu a troca e o comparsa voltou para pegar a mochila certa. Mas quando voltou, a Polícia já tinha sido informada de que a bolsa tinha sido esquecida e começou a suspeitar da fuga.

De acordo com o delegado da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Tiago Macedo, onde o caso foi registrado, os policiais fizeram contagem no presídio e constataram que ninguém tinha saído, mas suspeitaram do comportamento estranho de um dos presos: Werinton.

O comparsa dos irmãos, Reginaldo Acedo, foi preso no momento em que tentava resgatar a mochila. Ele atuou como “motorista” e disse ter deixado Marco em um ponto de ônibus no bairro Cidade Jardim. Reginaldo e Werinton estão presos pelo crime de “promove ou facilitar a fuga de preso”.

O delegado admite que houve falha no sistema de segurança do presídio, mas justifica que “os presos dissimularam toda a situação”, já que o mecanismo para verificação de entrada e saída de visitantes é a assinatura.