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Policial

Amiga de jovem morta em suposto aborto é peça-chave em investigação, diz Polícia

Velório foi interrompido para exames no corpo.

Midiamax

08 de Dezembro de 2016 - 15:36

A amiga que estava com a jovem Aline dos Reis Franco, 26 anos, que morreu nesta terça-feira,6, vítima de uma suposta tentativa de aborto, é peça-chave na investigação da Polícia Civil, informou ao Jornal Midiamax o delegado Alex Sandro Antônio, titular de Jardim. Identificada apenas como Simone, ela será chamada a ouvir e, uma das hipóteses a ser esclarecidas é se ajudou no procedimento clandestino e também sobre hipótese que tenha cometido falsidade ideológica, ao levar a jovem para o hospital e dizer que ela havia sofrido uma queda.

Aline estava em Porto Murtinho, cidade a 454 km de Campo Grande, onde teria ocorrido o procedimento, e de lá, em razão de seu estado de saúde, foi levada para Jardim de ambulância, onde chegou morta. A declaração de morte, que teria sido assinada por um médico de Porto Murtinho, que acompanhava a jovem, informa que ela sofreu traumatismo craniano e insuficiência respiratória aguda.

Tudo isso agora será investigado, uma vez que, já no velório, em Campo Grande, a mãe desconfiou da causa da morte, por não ver ferimentos na filha. A ela, havia sido informado, por essa amiga, que Aline tinha sofrido uma queda.  A mãe foi à Polícia Civil o funeral foi interrompido para exames no corpo, que foram realizados no Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal). O corpo já foi liberado.

O delegado informou que, agora, precisa do laudo de necropsia para seguir com as apurações.

A mãe da jovem disse na delegacia não saber que a filha estaria grávida. Segundo ela, recebeu telefonema de uma amiga dela afirmando que a moça teria passado mal e estava morta.

Uma outra amiga, porém, também teria ligado e dito que a causa da morte era o uso de Cytotec, remédio que tem efeitos abortivos, e que teria sido comprado no Paraguai, país fronteiriço ao Brasil, que fica separado de Porto Murtinho apenas pelo rio Paraguai.