Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Terça, 23 de Abril de 2024

Policial

"Briga de cachaça" pode ter motivado execução, acreditam vizinhos

"Magrão" foi morto com sete tiros em barraco onde morava há pouco mais de dois meses

Campo Grande News

11 de Novembro de 2016 - 16:15

Em um amontoado de barracos nos fundos do Jardim Noroeste, onde Alexandre dos Santos Silva, o "Magrão", de 32 anos, foi assassinado com sete tiros durante a madrugada desta sexta-feira (11), vizinhos ainda não entenderam bem o que aconteceu, mas deduzem que o motivo do crime seja uma "briga de cachaça". No fim da manhã, eles inclusive não sabiam que o vizinho havia falecido a caminho do hospital.

Magrão morava há pouco mais de dois meses em um dos três quartos de um barraco de madeira na Avenida Marechal Mallet. No quarto ao lado, um vizinho de 48 anos, que terá a identidade preservada, ouviu um barulho, mas achou que eram bombinhas porque tem problemas de audição e estava sem o aparelho auditivo na hora do crime.

Então, ele foi até o quarto de Alexandre para ver o que tinha acontecido e o encontrou deitado na cama, coberto de sangue. “Tentei conversar, mas ele não conseguia responder, comecei pedir ajuda e logo chegou bastante gente, foi ai que acionaram o socorro e a polícia”, relata.

“Eu estava sentado na cama ao lado da dele, os quartos são divididos apenas por madeira, bem fina, se um tiro desse não acerta nele tinha pegado em mim. Na hora a gente não pensa, mas agora vejo o perigo que passei”, caiu em si o vizinho.

Outro homem, de 28 anos, que ajudou no socorro, conta que a vítima tinha ferimentos na barriga, no peito e no braço, e que não conseguia responder as perguntas feitas por ele. “Eu o virei para que ele respirasse e questionei quem tinha atirado, mas ele tentava puxar ar e não dava conta de responder, foi apavorante”, relembra.

O local tem pouca iluminação e bastante mato ao redor. Os vizinhos acreditam que o assassino esperou Alexandre entrar no barraco e então fez os disparos. “A gente especula que seja briga por causa de cachaça, discussão boba, mas nada é certeza”, completa o rapaz.

Questionados sobre a insegurança no bairro e o medo que fica depois de um crime desses, os moradores enfatizam. “Aqui é assim, a gente anda meio grilado, mas quem faz tudo direito tem que acreditar que vai dar tudo certo e não vai acontecer nada de ruim”, diz um morador.

O crime – O assassinato de Alexandre foi por volta da meia-noite. Ainda com vida, ele foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa, mas morreu na ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

O suspeito ainda não foi identificado. O caso foi registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.