Policial
Debates terminam, e jurados vão se reunir para decidir se Mizael é culpado ou inocente
O advogado deu, a cada um dos sete jurados, uma cópia do e-mail escrito por Mizael para Mércia e disse que na época da morte da vítima, os dois ainda ficavam juntos.
Uol Notícias
14 de Março de 2013 - 15:35
Terminou a fase de debates do julgamento do ex-policial militar Mizael Bispo da Silva, nesta quinta-feira (14), no Fórum de Guarulhos. Ele é acusado de assassinar a ex-namorada, a advogada mércia Nakashima, em maio de 2010.
Defesa e réplica falaram aos jurados por duas horas cada. Como o Ministério Público abriu mão da réplica, após um intervalo de dez minutos já determinado pelo juiz do caso, Leandro Colon, os jurados cinco mulheres e dois homens se reunirão para analisar os quesitos da acusação e definir se Mizael é culpado ou inocente.
Advogado desqualifica investigação
"Acusação sem prova não é nada, absolutamente nada." Assim, o advogado Ivon Ribeiro começou a tentar desqualificar as evidências técnicas apresentadas pela acusação para incriminar o policial militar reformado Mizael Bispo de Souza, durante sustentação na fase de debates do quarto dia de julgamento, em Guarulhos, na Grande São Paulo.
Como prometido, Ribeiro não trouxe nenhuma "carta na manga" e tornou a dizer que a polícia forjou provas para condenar Mizael pela morte de sua ex-namorada Mércia Nakashima. "Neste processo, foram três anos de falácias", acusou.
Ribeiro chamou o delegado Antonio de Olim, que presidiu o inquérito e conduziu as investigações, de "fanfarrão" e "mentiroso". Olim foi uma das testemunhas do julgamento.
O advogado deu, a cada um dos sete jurados, uma cópia do e-mail escrito por Mizael para Mércia e disse que na época da morte da vítima, os dois ainda ficavam juntos.
"Na sexta estiveram juntos e fizeram amor. No sábado, estiveram juntos de novo e fizeram amor. Será que havia briga?", questionou. O defensor afirmou que Mércia fez 248 ligações para Mizael no mês de sua morte. "Se esse é o comportamento de uma mulher que rejeita um homem, eu fico um pouco sem parâmetro", disse.
Após o fim da sustentação oral da defesa, o juiz Leandro Cano perguntou se a acusação queria ter direito a réplica, o que foi declinado.




