Delegada diz que assassino é frio e pretendia ocultar cadáver da namorada. Ouça

A delegada Thaís Duarte, revelou detalhes do feminicídio que tirou a vida da jovem, Jheniffer Cáceres de Oliveira, 17 anos, morta na última sexta-feira à noite, pelo namorado Paulo Eduardo dos Santos, 18 anos, que a esganou até a morte. Depois de matar Jheniffer, ele trancou a quitinete onde moravam na Rua Minas Gerais (Bairro Jandaia).

“Um crime que choca a cidade de Sidrolândia pela frieza do autor. Ele não demostrou arrependimento. Senti em seu depoimento que ainda estava raivoso e claramente foi feminicídio porque sentia ciúmes de sua companheira”, relata à delegada. Ela conta que o criminoso estava determinado a tirar a vida da jovem e descarta legitima defesa.

Durante entrevista coletiva concedida no final da tarde na DEPOL, a delegada que cuida do caso revelou a imprensa que pediu a prisão preventiva do assassino confesso por ocultação de cadáver. “Desde sexta-feira, dia 29 de março, ele simplesmente manteve o corpo da vitima embrulhado num cobertor e agiu normalmente como se nada tivesse ocorrido”, explica.

Segundo informações da Polícia Civil, o casal era o usuário de droga. O rapaz tinha passagem por portar entorpecente para consumo. “Após matar Jheniffer, Paulo Eduardo dormiu na cena do crime”, detalha a delegada.

O crime

Por volta da hora do almoço desta segunda-feira (1) quase três dias depois, o criminoso voltou ao local do crime, enrolou o corpo da vítima em uma coberta (já exalando mau-cheiro por causa do processo de putrefação) e voltou ao seu local de trabalho como se nada tivesse acontece.

Estes detalhes foram relatados à Polícia Militar pelo próprio Paulo Eduardo que foi preso pela Policia Militar. O assassino confesso se entregou após atender ligação de um dos integrantes da guarnição que esteve no local do crime, onde a dona do imóvel que o casal morava, forneceu o número do telefone dele.

Ele relatou aos policiais que na sexta-feira à noite foi em companhia de Jheniffer na casa noturna Texas. Na volta para casa, os dois começaram a discutir e numa certa altura do bate-boca, conforme o relato do assassino, a vítima teria se munido de uma faca o ferindo numa das mãos, no ombro direito e o arranhando no rosto. Paulo então teria reagido, dominado a mulher, tomou a faca dela e a esganou até que morresse.