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Policial

Delegado pede prisão preventiva de acusada pela morte de servente de pedreiro

Ela manteve a versão de que matou José Aparecido para se livrar uma tentativa de estupro.

Flávio Paes/Região News

01 de Agosto de 2014 - 13:48

O delegado Enilton Pires Zalla pediu a prisão preventiva de Vanessa dos Santos, principal suspeita de ter assassinado na madrugada de quinta-feira o servente de pedreiro José Aparecido dos Santos. Ela continua presa sozinha numa das celas da delegacia, mas será transferida para uma unidade prisional feminina de Campo Grande.

Ela manteve a versão de que matou José Aparecido para se livrar uma tentativa de estupro. Entretanto, segundo o delegado, nenhuma das testemunhas ouvidas confirmou esta versão. Uma testemunha garantiu que Vanessa não atacou a vítima com uma garrafada na cabeça. Quem teria praticado esta agressão seria um cliente que estava no bar na Rua Afonso Pena, onde o crime aconteceu. A partir daí é que Vanessa teria aproveitado para golpear a vítima com punhaladas no pescoço.

A versão de que Vanessa atingiu para se defender de um possível estupro, foi contestada pela própria mulher de José Afonso. Grávida de dois meses, Iara da Silva Lima, 31 anos, está convencida de que ele foi vítima de uma emboscada, provavelmente armada por  Vanessa dos Santos Coutinho, que no passado manteve relacionamento amoroso com José Aparecido.

Segundo Iara, por volta da 1h00 da madrugada desta quinta-feira, Aparecido recebeu ligação de um amigo (que ela não sabe quem é) que pediu sua ajuda para arrumar o cadeado da sua casa na Rua Afonso Pena (local onde acabou assassinado) que fica perto de onde mora no Bairro São Bento, proximidades da Drogaria São Francisco.

Ele foi de motocicleta e prometeu voltar em 10 minutos. Aparecido não voltou e por volta das 8 horas da manhã, Iara recebeu a informação da sua morte. Além da dor pela perda do marido que não conhecerá o filho, Iara está inconformada com a versão apresentada pela suspeita do crime, Vanessa dos Santos, que para alegar legítima defesa, disse ter matado José Aparecido ao reagir a uma tentativa de estupro.

“Isto é um absurdo. Há pelo menos três dias ela provocava, o xingando”, sustenta. Iara acredita o servente foi morto em cima da moto, tanto que há  sinais de sangue no tanque da motocicleta que foi apreendida e esta no pátio da delegacia.