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Policial

Detentos do Presídio Federal tinham plano para matar deputado federal

Segundo as investigações, traficantes cariocas estavam por trás das ameaças, que preveem ainda uma onda de ataques no Rio de Janeiro.

Campo Grande News

14 de Novembro de 2012 - 08:26

O setor de inteligência do Presídio Federal de Segurança Máxima em Campo Grande, por meio de escutas ambientais feitas no pátio de convivências, descobriu um plano de criminosos cariocas para matar o deputado federal Fernando Francischini (PEN-PR), que é delegado da Polícia Federal.

Ele é o autor de um projeto de lei que aumenta o rigor para os presos ligados a facções criminosas. O plano de execução do parlamentar foi descoberto pela Polícia Federal, em julho deste ano.

Segundo as investigações, traficantes cariocas estavam por trás das ameaças, que preveem ainda uma onda de ataques no Rio de Janeiro.

Conforme o documento, o plano era discutido por 17 presos, entre eles Elias Pereira da Silva, conhecido por Elias maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, Marcelo Soares de Medeiros, conhecido por paraquedista do tráfico, e o ex-policial Alexandre de Jesus Carlos.

Depois de ter acesso a esse documento, o deputado pediu segurança ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e retirou sua família do Paraná.

Em entrevista por telefone ao Campo Grande News, o deputado disse que o projeto visa acabar com algumas regalias que os presos de facções criminosas têm. “Meu projeto enlouqueceu os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital)”, destaca.

Fernando Francischini apresentou o projeto que obriga participantes de organizações criminosas a cumprir pena em cela individual, sem visita íntima, sem privacidade em contatos com familiares, advogados e banho de sol isolado. “Eu tenho certeza que a sociedade aprova”, afirma.

O projeto, que altera a lei nº 7.210 (Lei de Execução Penal), de 11 de junho de 1984, seguirá para sanção da presidente Dilma Rousseff.

O diretor do Presídio de Segurança Máxima, Ricardo Marques Sarto e a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça não quiseram comentar o caso.