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Policial

Estudo diz que MS tem 4ª maior taxa de mortes por acidente de trânsito

Constatação é de estudo promovido pela Ambev e a consultoria Falconi. Em 2014, MS contabilizou uma taxa de 32,7 óbitos por 100 mil habitantes.

G1 MS

06 de Janeiro de 2017 - 15:39

Mato Grosso do Sul tem a quarta maior taxa de mortes por acidentes de trânsito do país. É que aponta o relatório “Retrato da Segurança Viária”, desenvolvido pela Ambev e a consultoria Falconi. O levantamento faz o cruzamento de dados de vários órgãos e entidades relativos ao ano de 2014 e leva em conta no cálculo do indicador, o número de óbitos por 100 mil habitantes.

De acordo com o relatório, em 2014 o estado registrou 857 mortes por acidentes de trânsito, o que resultou em um taxa de 32,7 óbitos por 100 mil habitantes. O indicador foi superado apenas pelo registrado no Piauí, com 40,7, pelo Tocantins, com 39,6 e pelo Mato Grosso, com 37,4 e está bem acima da taxa nacional, que foi de 21,9.

Além disso, uma cidade do estado, Cassilândia, registrou no ano a oitava maior taxa de mortes por acidentes de trânsito entre todos os municípios brasileiros, com 92,8 registros por 100 mil habitantes.

O levantamento traçou ainda um perfil das vítimas fatais de acidentes viários no estado em 2014 e apontou que a maior parte, 38%, estavam em motocicletas. Na sequência aparecem as pessoas que estavam em automóveis, com 37%; pedestres, com 12%; ciclistas, com 7% e as que eram condutores ou passageiros de caminhões ou ônibus, com 6%.

O consultor da Falconi e gerente responsável pelo relatório, Daniel Oliveira, aponta que o aumento da frota de motocicletas ajuda a explicar o grande número de acidentes com mortes envolvendo motociclistas.  “O número de motocicletas se expande em velocidade superior ao de outros tipos de veículos. Dessa forma, o número de óbitos e de feridos com motociclistas pode crescer ainda mais”, avalia.

De acordo com a pesquisa, entre 2003 e 2014, a frota de automóveis de Mato Grosso do Sul, cresceu 131%, passando de 342,8 mil para 792,3 mil veículos, enquanto que a de motos, no mesmo período deu um salto de 251%, passando de 120,9 mil unidades para 425,1 mil.

Dados utilizados na pesquisa

O relatório que é divulgado anualmente e está em sua terceira edição, faz um cruzamento inédito de entidades como a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O vice-presidente de relações corporativas da Ambev, Pedro Mariani, aponta que com ações como o relatório, a cervejaria quer auxiliar na elaboração de políticas efetivas de combate aos acidentes de trânsito e de conscientização sobre segurança no trânsito.

“Queremos e podemos ser parte da solução por um trânsito mais seguro para todos. Temos uma das maiores frotas do país e desenvolvemos tecnologias e treinamentos exclusivos capazes de mapear e mudar comportamentos de risco para garantir a segurança de toda nossa força logística. Além disso, também atuamos na prevenção o uso indevido da bebida alcoólica que, quando associada à direção, também se torna um fator de risco no trânsito”, comenta Mariani.