Policial
Estuprada por colegas, policial chora todos os dias e está afastada, diz pai
O pai diz que a família tem tentado dar apoio a policial, que, por enquanto, está se recuperando em casa.
Campo Grande News
21 de Dezembro de 2016 - 16:29
A policial de 33 anos que teria sido estuprado dois colegas de trabalho, durante uma festa de confraternização no início desta semana, ainda se recupera do trauma, segundo a família. A moça está afastada das funções que exercia no Batalhão de Trânsito, e passa por tratamento psicológico. O caso segue sendo investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Conforme o pai da policial, técnico fazendário de 61 anos, - que não terá o nome citado nesta reportagem para preservar a vítima ela tem tentado superar o que aconteceu. Nos primeiros dias ela chorava muito, e ainda hoje chora. Mas, no começo ela ficou preocupada, com vergonha, eu disse a ela para não ter medo, porque a justiça tem que ser feita, conta.
A polícia é a única mulher entre três irmãos. Entrou para a polícia há cerca de 10 anos e é o orgulho do pai: Nossa família é toda de policiais e eu mesmo disse para ela entrar para a polícia, porque admiro muito a profissão, conta o pai.
E é por esta admiração aos que usam a farda da PM que o homem pede justiça. Isso não representa a Polícia Militar, não representa os policiais que são homens e mulheres de caráter. Isso é um animal, uma pessoa que se esconde atrás da farda para praticar o mal, mas que não representa a corporação e não deveria poder vestir farda, considera.
O pai diz que a família tem tentado dar apoio a policial, que, por enquanto, está se recuperando em casa. A moça passa por tratamento psicológico e ainda não há previsão para que volte ao trabalho.
Já os dois policiais suspeitos de terem praticado o estupro, que não tiveram os nomes divulgados pela polícia, continuam trabalhando. A minha filha tem certeza que ele colocou droga na bebida dela. E o que eu mais ensinei para os meus filhos foram os pilares da ética, por isso eu confio na justiça e vou até o fim por ela, afirma o pai da vítima.
O caso segue sendo investigado pela Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), sob sigilo de informações. Já a Corregedoria da Polícia Militar informou que instaurou procedimento administrativo para apurar denúncia.