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Policial

Ex-prefeito morto era investigado por compra ilegal de terras no Paraguai

No Brasil, o ex-prefeito que ficou à frente da administração da cidade de fronteira de 2001 a 2003 foi afastado do cargo após uma investigação do MPE que apontou irregularidades administrativas.

Campo Grande News

17 de Setembro de 2013 - 10:39

O ex-prefeito de Guia Lopes da Laguna, Carlos Roberto Saravy, 58 anos, encontrado morto na madrugada de ontem (16), na cidade paraguaia Luque, era investigado por lavagem de dinheiro e compra ilegal de terras paraguaia destinadas à reforma agrária.

A informação divulgada nesta terça-feira (17) no site de notícias paraguaio ABC Color. Conforme a apuração, O Indert (Instituto Nacional de Desenvolvimento Rural e da Terra), órgão correspondente ao Incra no Brasil, divulgou em agosto de 2011 uma lista de brasileiros investigados por irregularidades. As investigações apuraram que Saravy adquiru 1,6 mil hectares de terras que fazem parte do assentamento Antebi Cué.

No Brasil, o ex-prefeito que ficou à frente da administração da cidade de fronteira de 2001 a 2003 foi afastado do cargo após uma investigação do MPE (Ministério Público Estadual) que apontou irregularidades administrativas.

Entre os problemas encontrados, estava a utilização de veículo da Prefeitura para visita de suas terras adquiridas no Paraguai. Compra de produtos de empresas fantasmas e erros em licitação do transporte escolar da cidade também foram descobertos na investigação.

Velório – A família de Carlos Saravy foi até o Paraguai ontem à tarde para os procedimentos de liberação do corpo. Segundo o atual prefeito da cidade, Jácomo Dagostin (PMDB), o corpo do ex-prefeito chegará na cidade por volta das 14 horas de hoje.

Carlos será velado na Câmara Municipal da cidade e depois segue para Maracaju, onde será sepultado juntamente com o corpo do pai. Guia Lopes decretou luto oficial de três dias.

Morte - O corpo de Saravy foi encontrado em um matagal no bairro Zarate Ilha, na cidade de Luque, no Paraguai, a 452 quilômetros de Ponta Porã. Como o carro dele foi queimado, a polícia paraguaia suspeita de sequestro seguido de homicídio.