Familiares denunciam que adolescentes apreendidos sofreram maus-tratos em celas

Familiares dos quatro adolescentes que foram apreendidos segunda-feira (05) à noite, por participação no assalto ao Bar São Lucas, denunciaram ao Conselho Tutelar e ao Ministério Publico que os jovens foram vítimas de maus-tratos, ficaram sem alimentação e água até ontem à tarde.

A defensora pública Regina Célia, acompanhada dos conselheiros tutelares Antônia França e Denílson Assunção, estiveram na delegacia, conversando com os menores e observando as condições da  cela onde estão recolhidos. Foi a avó de R.M.F.S, de 16 anos, Leandra Mendonça,  que depois de visitar o neto ontem na delegacia, fez a denuncia aos conselheiros.

Segundo ela, os infratores foram agredidos com coronhadas de revolver na cabeça, apresentam manchas de hematomas. “Meu neto cometeu um erro e precisa pagar por isto. Não pode ser jogado numa cela e ser tratado como cachorro. Foi preciso a conselheira Toninha  recorrer para que eles recebessem uma marmitex.

Quem também demonstrava indignação é a mãe de L.U.S, de 16, dona Josilei de Souza da Silva. “Nós não podemos corrigir os nossos filhos porque o conselheiro vem implicar. Agora, a Polícia pode bater neles e tratá-los como bicho?”, questiona. Além de L.U.S, R.M.F.S, estão recolhidos na delegacia à espera de vagas em unidades de internação, D.A.S, de 16 anos e M.A.S, de 17 anos, que são irmãos de Andeson Arguelo, quinto integrante do grupo que participou do assalto.