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Policial

Filho que matou pai alega não estar arrependido do crime

Marcos também contou à imprensa que é usuário de drogas e se tornou dependente químico quando sua mãe faleceu, há três anos atrás.

Midiamax

21 de Dezembro de 2012 - 13:53

Após Marcos Aurélio Aquino Martins, de 28 anos, matar a facadas o próprio pai Marco Alves Martins, 56, no início da noite de ontem (20), ele contou à imprensa que não estaria arrependido do que fez. O crime ocorreu por volta das 18h30, na casa do pai, na rua Capitrano de Abreu, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande.

A princípio, ele não queria se pronunciar, mas ao insistir, Marcos confessou o crime. “Não estou arrependido pelo que fiz. Ele mereceu. Foi ele quem veio arranjar briga comigo”, contou.

Por outro lado, o delegado titular da 5ª Delegacia de Polícia, Fernando Nogueira, informou que o rapaz fazia uso de pasta base de cocaína e tem antecedentes criminais. “Ele teria esfaqueado o pai há dois meses, incendiado a casa dele em outubro e cometido violência doméstica com a própria mãe, antes de morrer”.

“Apuramos, preliminarmente, que o autor estava sob efeito de drogas. Na sua casa, encontramos papelotes de cocaína. Além disso, o autor confessou que a motivação do homicídio seria o uso do entorpecente”, destacou o delegado.

Marcos também contou à imprensa que é usuário de drogas e se tornou dependente químico quando sua mãe faleceu, há três anos atrás. Ele ainda tenta justificar o crime explicando que o pai bebia muito e as discussões eram constantes.

“Não tinha ódio dele. Mas não tem como voltar atrás. Ele me desacatava, me ameaçava. Foi briga por causa de cachaça. Ele bebia, tomava a cachaça dele e vinha me desacatar com palavras. Agora eu vou ter que pagar pelo que eu fiz, não adianta lamentar”.

Crime

Após atingir com quatro golpes de faca o próprio pai e ele ter morrido, Marcos tentou fugir. Mas a vizinhança o descreveu para uma equipe do SIG (Serviço de Investigação Geral), que conseguiu capturá-lo nas redondezas, cerca de 30 minutos depois do fato. Mariana Anunciação

 O delegado informou que caso ele seja condenado a homicídio qualificado por motivo futil, pode pegar pena de 6 a 20 anos, mais qualificadora, que equivale a um terço ou metade da pena.