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Policial

Garota de MS acusada de roubar cartões, cheques e obra de arte é presa de novo

Midiamax

14 de Maio de 2011 - 10:24

A falsa socialite sul-mato-grossense, Kelly Samara Carvalho dos Santos, 22 anos, acusada de aplicar golpes em pelo menos três estados brasileiros foi detida nesta sexta-feira (13) em uma casa de estudantes na periferia de Bebedouro, interior de São Paulo.

Kelly possui um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal de Dourados (MS). Antes de ser encaminhada para um presídio naquela região, ela foi levada para a Cadeia Pública Feminina de Viradouro.

Segundo a Polícia Civil, Kelly é apontada por cometer crimes principalmente em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro.

Para conseguir benefícios como reservas de jatinhos, ela se passou por diferentes personalidades, como filha do presidente do Paraguai, Fernando Lugo, e sobrinha de Eliana Tranchesi, proprietária da boutique Daslu, de São Paulo.

Nos últimos meses, segundo a polícia, Kelly se identificava apenas como Samara em casas noturnas e restaurantes da região.De acordo com o delegado José Eduardo Vasconcelos, a jovem pretendia deixar a cidade em breve

Entenda o caso

Kelly foi presa pela primeira vez porque, para não pagar R$ 4.000 de honorários, resolveu prestar queixa contra a própria advogada, alegando que ela havia se apropriado de suas roupas. Quando voltou ao 15º Distrito Policial, no Itaim Bibi, na zona oeste de São Paulo, para buscar as roupas, foi presa em flagrante por portar cheques furtados.

A garota saiu da casa dos pais, em Amambai (MS), onde nasceu, aos 15 anos de idade. Anos depois, em fevereiro de 2007, ela lesou ao menos dez pessoas em mais de R$ 30 mil, em São Paulo, segundo a polícia.

Seu primeiro crime, que mostrou a predileção por artigos de luxo, disse a polícia na época, foi na adolescência: o roubo de R$ 50 mil em joias em Mato Grosso do Sul. Em São Paulo, onde se hospedava no hotel Mercury, deu um "baile".

Em 25 de julho, roubou uma gravura autenticada do artista espanhol Joan Miró (1893-1983) no valor de US$ 18 mil (quase R$ 37 mil) após ter um namoro relâmpago com o dono da galeria. Passou a noite com a vítima e furtou dele, na cama, cartão de crédito e R$ 5.500 em dinheiro, que gastou comprando roupas de lojas de grife da Rua Oscar Freire.

No mês de abril de 2010, o juiz Luiz Fernando Migliori Prestes absolveu Kelly do crime de estelionato e determinou sua soltura.