Logomarca

Um jornal a serviço do MS. Desde 2007 | Quinta, 18 de Abril de 2024

Policial

Gerente que desviou R$ 1,2 milhão de empresa responderá por 4 crimes

Realizado o desvio, ele então falsificava a quitação das guias dos impostos e para os fiscalizadores aparentemente as guias estavam pagas

Campo Grande News

04 de Fevereiro de 2014 - 08:30

Gerente de uma empresa que administrava propriedades rurais na Capital, Ivandro Josef Komm, 40 anos, foi indiciado pelo desvio de R$ 1,2 milhão, valor este que deveria ser depositado em contas judiciais da firma. Segundo investigações da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), o autor atuou na empresa por dois anos e sete meses e depositava os valores em inúmeras contas bancárias.

Realizado o desvio, ele então falsificava a quitação das guias dos impostos e para os fiscalizadores aparentemente as guias estavam pagas. A desconfiança, por parte da empresa, só ocorreu quando foi descoberto um débito vultuoso no pagamento das guias de tributos.

De acordo com o delegado João Eduardo Davanço, responsável pelas investigações, um levantamento apontou que Ivandro comprou dois carros, sendo um Fiat Línea e uma Captiva, além de um apartamento e uma casa no bairro Alto Sumaré. Em nome de terceiros, o delegado diz que o autor comprou 3 mil sacas de soja, avaliadas em R$ 200 mil, nas cidades de Laguna Carapã e Ponta Porã, a 323 quilômetros da Capital.

Entre outros gastos, Davanço ainda fez várias viagens com a família, entre as cidades de Natal (RN), Florianópolis (SC), e um luxuoso cruzeiro para a Argentina e Uruguai, tudo com o dinheiro desviado da empresa, conforme o delegado.

Confissão – Ivandro afirmou à Polícia que movimentou o dinheiro em diversas contas e que recentemente inclusive abriu uma nova conta bancária para ocultar o valor desviado. O Poder Judiciário solicitou o sequestro dos bens de Ivandro e familiares, bem como da soja.

O autor responderá pelos crimes de furto qualificado pelo abuso de confiança, cuja pena de reclusão varia de 2 a 8 anos e multa, falsificação de documento público, com pena de reclusão, de 2 a 6 anos e multa, uso de documento falso, com pena reclusão, de 2 a 6 anos e multa e além do crime de lavagem de dinheiro, que prevê pena de reclusão de 3 a 10 anos e multa.