Policial
Guarda parte para cima de paciente ao ser xingado em UPA
O mototaxista Rogério Luiz, de 32 anos, questionou a ação e acabou sendo empurrado contra a parede.
Dourados News
21 de Outubro de 2025 - 14:20

Um paciente foi agredido por um guarda municipal no fim da tarde desta segunda-feira, dia 20 de outubro, na UPA (Unidade de Pronto Atendimento), do bairro Coronel Antonino, em Campo Grande. A confusão começou por volta das 17 horas, quando o servidor deu prioridade a outro homem em cadeira de rodas que havia acabado de chegar. O mototaxista Rogério Luiz, de 32 anos, questionou a ação e acabou sendo empurrado contra a parede.
Rogério contou que aguardava atendimento desde o meio-dia, após sofrer um acidente de moto enquanto trabalhava. Ele afirmou que a discussão começou quando perguntou ao guarda se o recém-chegado seria atendido primeiro.
“Eu estava aqui há horas, com dor na perna e esperando atendimento. Só perguntei por que outro paciente passou na frente. Ele me acusou de estar fingindo e veio para cima de mim”, disse.
Segundo o mototaxista, o guarda o agarrou pela camisa e o empurrou. “Mostrei a cicatriz da cirurgia e expliquei que sentia dor. Ele disse que eu estava mentindo, me empurrou e gritou. Eu estava gravando e não reagi”, relatou. Rogério contou que, durante a confusão, uma mulher desmaiou ao pensar que a irmã havia sido agredida. “Ele ainda foi até ela e puxou o pé, dizendo que ela estava fingindo também”, afirmou.
Segundo o site Campo G|rande News, a irmã da paciente explicou que a mulher, já debilitada, se assustou com o tumulto. Rogério disse que não recebeu o atendimento adequado e que o tempo para sutura do ferimento na perna havia sido ultrapassado.
“Estou com o joelho aberto, com corte profundo. Fui acusado de fingir dor e, no fim, vou ser levado à delegacia por desacato. O único erro foi questionar a atitude dele”, declarou.
O mototaxista contou que sofreu o acidente enquanto trabalhava e foi por conta própria até a unidade. “Eu não vim de ambulância porque achei que não fosse grave. Só que cheguei aqui e já são quase seis da tarde e nada. Ainda passo por isso”, lamentou.
O outro lado - O guarda municipal envolvido, que atua na segurança da UPA, foi visto na unidade, mas não quis falar sobre o caso.
A reportagem questionou à Prefeitura o procedimento da Guarda Municipal, mas não obteve resposta no prazo estipulado de uma hora para a publicação do texto. O espaço segue aberto para declarações futuras.




