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Policial

Jovem é condenada a 15 anos por matar namorado em motel

G1 SP

25 de Novembro de 2011 - 07:44

A jovem Verônica Verone, de 18 anos, foi condenada, no início da madrugada desta sexta-feira (25), a 15 anos de prisão pelo assassinato do namorado, o empresário F G R, encontrado morto em um motel em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A decisão foi anunciada por volta de 1h, no 3º Tribunal do Júri de Niterói, depois de cerca de 12 horas de julgamento.

Durante o julgamento, V V precisou ser retirada da sala por policiais, após se descontrolar e gritar no plenário.

Nesta quinta-feira (24), 19 testemunhas de acusação e de defesa sforam ouvidas desde o começo da tarde.

A jovem foi julgada pelo crime de homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.

O assassinato aconteceu dia 14 de maio em um motel da Região Oceânica de Niterói. Segundo o inquérito, F foi morto por asfixia mecânica, enforcado por um cinto.

Problemas mentais

O juiz não aceitou a tese da defesa de que V seria inimputável por sofrer de problemas mentais.

Segundo ele, "o exame de sanidade mental, ao qual a acusada foi submetida, apontou que a mesma era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato".

"A acusada seria capaz de transportar o corpo da vítima para a garagem do hotel.

Logo, poderia levar o corpo para outro lugar, no qual pudesse proceder à acusação, se quisesse.

No entanto, resolveu deixá-lo na garagem do motel, local de circulação de funcionários, onde poderia ser facilmente encontrado, como ocorreu", explicou o juiz na sentença.

'Eu não matei F, matei meu pai'

Em interrogatório no dia 19 de agosto, V negou que tivesse tentado matar o empresário.

Mas confessou que o atacou com um cinto porque, segundo disse, "ficou cega" quando ele tentou tirar sua roupa, e quis agredi-lo.

"Agora caiu a ficha, eu não matei F, matei meu pai", disse ela, que alega ter sido violentada na infância pelo pai, já falecido.

Quando F tentou tirar sua roupa, segundo contou ao juiz, ela viu nele o rosto do pai.

A mãe de V, E V P, foi ouvida no mesmo dia como testemunha de defesa. Ela disse que a filha e F sempre foram muito amigos, que ele tinha muito carinho por ela e a chamava de "meu bebê". Segundo E, ele frequentava a casa dela e a chamava de tia.